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Ministra garante urgência para Anadia

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Ana Jorge muito preocupada com fuga de médicos para sector privado

Anadia vai recuperar o serviço de urgências. A garantia é da ministra da Saúde. Ana Jorge sublinhou, em entrevista ao DN e TSF, «que vai ser mantido o atendimento à doença aguda é às não programadas em Anadia durante o dia», o que «provavelmente [será] extensível até às 24 horas».

Trata-se de um dos casos mais polémicos e emblemáticos, que levou a população e o autarca local à revolta.

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«A decisão vai ser tomada entre o presidente da ARS, o presidente da Câmara e eu», disse, acrescentando que esta deverá ser «a mais adequada para Anadia» «para que a população não sinta que perdeu algo que é a sua segurança».

A este propósito, lembrou que já teve um encontro com o presidente da Câmara, frisando o «clima de grande abertura e diálogo» com esta autarquia.

Fuga de médicos para o privado é «muito preocupante»

A ministra da Saúde considera «muito preocupante» a fuga de profissionais do sector público para o privado, mas acredita que conseguirá trazer «alguns de volta» e garantiu não ter medo dos protestos que levaram à saída do seu antecessor, refere a Lusa.

Ana Jorge garantiu que não tem medo dos protestos que levaram à saída do seu antecessor, António Correia de Campos, e mostrou-se em sintonia com a política desenvolvida pelo anterior ministro da Saúde.

Uma «boa» política «mal comunicada»

Contudo, Ana Jorge discorda da forma como a reforma em curso estava a ser comunicada aos utentes e aos profissionais de saúde. Trata-se de uma política «boa» mas «mal comunicada». A «marca Ana Jorge» será o «diálogo e transparência».

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Sobre a fuga de médicos para o privado, que atribui a «alguma insatisfação dos profissionais dentro do próprio sistema público de saúde», refere: «O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de se reformular e formar a área profissional dentro do sistema para garantir que os melhores possam sentir dentro da carreira pública a sua capacidade profissional a desenvolver-se».

A polémica reforma da rede de urgências é, segundo Ana Jorge, para continuar.

«São processos altamente desgastantes»

Na entrevista, Ana Jorge falou ainda no processo que corre contra si no Tribunal de Contas, a propósito do Hospital Amadora-Sintra e quando era presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo.

A ministra recordou que, na altura (1995), fez o que podia para que o hospital abrisse e nas melhores condições, já que 500 mil utentes não teriam assistência se o hospital não abrisse.

A questão mais polémica e que foi posta em causa relacionou-se com pagamentos indevidos, mas a ministra assegurou que estes permitiram o acompanhamento médico a doentes oncológicos, renais e com sida.

«Foi com este objectivo (dar tratamento a estes doentes) que negociámos um acrescento ao contrato», disse.

Para Ana Jorge, o julgamento de pessoas que trabalham no sector público, como o que corre contra si, tem conduzido a que muitas pessoas com qualidade tenham vindo a recusar convites para cargos desta natureza. «São processos altamente desgastantes».

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