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Reitoria defende curso de Medicina no Algarve

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Decisão só foi tomada após duas avaliações favoráveis por organismos internacionais

A reitoria da Universidade do Algarve assegurou esta quinta-feira que o novo curso de Medicina só foi aprovado após duas avaliações internacionais que incluíram a apreciação de alguns aspectos do curso contestados quarta-feira pela Ordem dos Médicos, refere a Lusa.

A Ordem dos Médicos (OM) considerou que existe o risco de aparecerem clínicos «com nível de conhecimento e qualidade de formação inferior ao desejável» por causa das condições de acesso ao curso de medicina da Universidade do Algarve (UAlg).

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A OM considera que os critérios de selecção, a preparação de base exigida aos candidatos, a importação de um método de ensino de outros países e as dificuldades de selecção do corpo docente são indicadores «profundamente preocupantes».

Em reacção ao comunicado daquele organismo, a Reitoria da Universidade do Algarve afirma estranhar que a Ordem, desconhecendo o processo de contratação do curso, se pronuncie de forma «tão ligeira» sobre as dificuldades de selecção do corpo docente.

Quanto aos critérios de selecção e a importação de métodos de ensino baseados no modelo canadiano, que se estenderam depois aos EUA e a países da Europa do Norte, a Reitoria sublinha que esses aspectos foram «valorizados» pela Comissão Científica Internacional que avaliou a proposta da UAlg.

A Comissão terá mesmo afirmado que a proposta do Algarve poderia constituir um «novo paradigma» no ensino da Medicina em Portugal, «capaz de melhorar a qualidade do sistema ao estabelecer novos padrões».

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Sobre a selecção por entrevista, a Ordem refere que esta «corre o sério risco de ser permeável a influências externas que distorçam completa e inaceitavelmente a transparência do método de selecção e a igualdade de oportunidades».

Por seu turno, a reitoria responde que a selecção não se cinge apenas a uma entrevista, seguindo um procedimento internacional adoptado em várias escolas, preferindo não comentar as suspeitas da OM acerca da «aplicabilidade» do processo de entrevista.

Quanto ao facto de a Ordem dizer que não há qualquer necessidade de criar novos cursos de medicina em Portugal, a Reitoria considera tratar-se apenas de «uma opinião, entre outras» e divergente da que é emitida oficialmente.

O curso de medicina da UAlg tem a duração de quatro anos e o ensino clínico começa logo no primeiro ano em centros de saúde e na experiência da Medicina Geral e Familiar, seguindo-se o ensino hospitalar a partir do terceiro ano.

Os candidatos devem ser possuidores de, pelo menos, um diploma de licenciatura ou equivalente legal e a classificação mínima é de 14 valores.

A primeira etapa da selecção dos candidatos compreende a avaliação de aptidões cognitivas e uma prova de língua inglesa; a segunda fase consiste num conjunto de dez entrevistas.

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