Já fez LIKE no TVI Notícias?

Chefias da PSP mandam carta ao ministro

Relacionados

Consideram que a Polícia de Segurança Pública vive uma situação insustentável

Os superintendentes da PSP alertaram esta sexta-feira para a situação «insustentável» na corporação, considerando que o «impasse que se vive há mais de dois anos» na Polícia põe em causa o funcionamento operacional e a «legalidade dos atos praticados».

Numa carta enviada na quarta-feira ao ministro da Administração Interna, a que agência Lusa teve acesso, 26 dos 30 elementos mais graduados da PSP consideram que «os factores de instabilidade» que afectam a instituição têm a sua origem em «factores externos» e «necessitam também de decisões políticas urgentes, que façam justiça à especificidade da função policial».

PUB

«O compreensível descontentamento e desmotivação, potenciados pela falta de perspectiva de resolução a curto prazo dos principais problemas da instituição e dos seus profissionais, aproximam-se de níveis insustentáveis, atingindo pessoal de todas as carreiras e começando também a afectar a moral e o normal exercício da função de comando e a colidir com alguns dos principais valores institucionais e deontológicos», lê-se na carta.

Na carta «Reflexões dos superintendentes sobre actual situação da PSP»,, os superintendentes manifestam-se preocupados com a actual situação na corporação, sublinhando que o «impasse, que se vive há mais de dois anos, com a não implementação integral do estatuto profissional e com a falta de decisões e de nomeações pela tutela para vários cargos hierárquicos (que continuam a ser assegurados em regime de gestão corrente), põe em causa o enquadramento operacional e funcional, bem como a legalidade dos actos praticados, numa altura em que, mais do que nunca, é exigível uma força policial coesa e disciplinada».

PUB

«Nos últimos 10 anos foram atribuídas novas competências à PSP, designadamente em termos de investigação criminal, ordem pública, programas especiais, segurança privada e missões internacionais, bem como foi alargada a área de responsabilidade territorial nos grandes centros urbanos em cerca de 700 mil pessoas, sem que os recursos orçamentais, materiais e humanos tivessem acompanhado efectivamente o referido esforço», lê-se na missiva.

A carta é assinada pelos comandantes dos comandos de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro, Bragança, Setúbal, Açores, da Unidade Especial de Polícia, diretores de departamentos e dos dois estabelecimentos de ensino da PSP.

O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP) considera que é «muito forte» o alerta dos superintendentes, esperando que o Governo passe a olhar para a Polícia «com outra atenção».

PUB

Relacionados

Últimas