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Cortes: sindicatos reuniram-se com diretor nacional da PSP

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Expetativas e preocupações sobre a próxima reunião com o ministro da tutela, o «único que pode resolver o problema»

O sindicato dos polícias saiu da reunião com o diretor nacional «esclarecido», mas «preocupado» com os cortes salariais, e põe a tónica na próxima reunião com o ministro da tutela, o «único que pode resolver o problema».

No final de um encontro com o diretor nacional da PSP, Luis Farinha, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) disse que a reunião «foi importante porque esclareceu algumas dúvidas sobre a forma como a PSP está a fazer cortes no vencimento».

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«Foi já emitida uma circular a explicar aos profissionais que têm aqueles cortes o porquê e a razão da respetiva percentagem», disse Paulo Rodrigues.

Para o sindicalista, a reunião foi importante também porque os polícias ficaram com a «noção clara de que o diretor tem consciência da importância que os cortes têm na vida do pessoal e a revolta que gera e tem consciência dos problemas que traz à vida dos polícias», cita a Lusa.

Paulo Rodrigues reconheceu que esta postura do diretor nacional da PSP é de certa forma «reconfortante», na medida em que acreditam que na altura de resolver alguma coisa «tratará com mais sensibilidade as questões».

Mas para o sindicato é claro que quem tem de resolver o problema dos polícias é o Ministro da Administração Interna [MAI] e não o diretor nacional, que só pode gerir «com esforço e muito rigor um orçamento que é curto».

«O que está em cima da mesa e que queremos ver resolvido não é da competência dele», afirmou, sublinhando que a preocupação se mantém em relação aos efeitos que os cortes vão ter.

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¿A grande expectativa que temos é em relação à reunião de 21 de janeiro com a ASPP e o ministro. Aí é que vamos tentar perceber se o ministro tem alguma solução para os problemas que existem, que possam minimizar os cortes¿, afirmou.

Segundo Paulo Rodrigues, os cortes rondam em média os 200 euros líquidos, sendo que a maior parte dos profissionais sofrerá um corte superior a 170 euros, «um valor muito significativo».

«Este é um valor que pode significar não continuar a conseguir dar resposta às obrigações, como a prestação da casa e outros compromissos; o limite entre ter o vencimento penhorado ou não», disse.

Paulo Rodrigues salientou que as consequencias serão, por um lado, «criar-se uma situação de incumprimento dos polícias, geradora de situações constrangedoras com resultados dramáticos nas suas vidas pessoais e familiares» e, por outro, a necessidade de fazerem alguns hobbies que não podem fazer.

Dando como exemplo o caso de uma colega que recentemente «foi apanhada a conduzir um táxi, não porque gostasse, mas por necessidade», o sindicalista sublinhou que este é um tipo de situação «que pode começar a acontecer muito em pouco tempo».

«O Governo tem que valorizar o problema e a situação dos polícias e são estas respostas que queremos da parte do MAI: como vai resolver, que mecanismos vai criar para minimizar, o que vai fazer», frisou.

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