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Quase 2000 pessoas querem demissão de Relvas e vão manifestá-lo

Pedem «vergonha na cara a quem governa». Protesto convocado através do Facebook e marcado para segunda-feira, em frente ao Parlamento

Quase duas mil pessoas confirmaram, até esta quinta-feira de manhã, a sua presença numa manifestação onde vão exigir a demissão do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, convocada através do Facebook para segunda-feira, em frente ao Parlamento.

A convocatória surgiu na rede social pela mão do realizador de cinema Miguel Gonçalves Mendes e já agregou uma outra iniciativa que estava marcada para sábado.

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Entre as duas manifestações, o número de pessoas que já confirmou a sua presença no Facebook chega quase aos dois mil, tendo sido convidadas cerca de 35 mil.

«Isto não é nem uma manifestação partidária, nem contra a crise, nem contra a troika, nem contra o poder político, nem contra o estado miserável em que o mundo está», disse à Lusa Miguel Gonçalves Mendes.

«O objetivo é apelar à demissão do ministro Miguel Relvas e exigir dignidade aos órgãos que nos representam. Exatamente por isso é que foi marcada para a Assembleia da República», esclareceu.

Sublinhando que a manifestação não surgiu por causa da questão da licenciatura do ministro - «uma pessoa ter um curso superior não a torna mais legítima para governar» -, o realizador explicou que a ideia é combater «um padrão de comportamento de mentiras e mudanças de versões de uma semana para a outra».

«O ministro mentiu declaradamente no Parlamento, dizendo que não conhecia [o ex-espião] Jorge Silva Carvalho, depois houve uma pressão aos jornais [Público], e depois vem esta cereja no topo do bolo, que é esta questão do curso superior», argumentou.

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A iniciativa começou na segunda-feira, quando Miguel Gonçalves Mendes estava a comentar o caso com a irmã e a defender que deveria ser organizada uma manifestação em protesto.

«Fomos pesquisar se já havia alguma coisa e existia: uma petição a exigir a demissão de Miguel Relvas. Coloquei nesse grupo [uma mensagem] a dizer que achava que se devia organizar uma manifestação e que não podíamos continuar a lamentar-nos e a fazer piadas e a encolher os ombros», contou, acrescentando que o ministro dos Assuntos Parlamentares se tornou «uma figura simbólica de todo um padrão de comportamento que não pode continuar a ser permitido».

Entretanto, na terça-feira o realizador deu-se conta de que havia uma outra manifestação com o mesmo objetivo, mas marcada para sábado no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Para ganhar força e «porque ao fim de semana os portugueses estão sempre mais interessados em ir à praia», as duas iniciativas juntaram-se numa só, «em horário pós-laboral, para permitir que se junte mais gente», defendeu.

«Gostava de ver o maior número de pessoas, porque seria a primeira manifestação em que o que se pede vergonha na cara a quem nos governa e aos órgãos que nos representam», admitiu.

«Gostava de ver 500 mil pessoas ou, pelo menos duas ou três mil, mas nem que seja só eu, vou lá estar a cumprir o meu dever de cidadão, que também é o que nos tem faltado», concluiu.

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