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Para o ministro da saúde, os números que estão a ser avançados sobre a greve dos enfermeiros (o sindicato falou ontem numa adesão a rondar os 80% e, esta quarta-feira, de cerca de 70% ) estão "errados".
"Nestes números que estão a ser adiantados, a única certeza que temos é que estão errados. Cada vez que são apresentados dados reais, se os compararmos com os que foram avançados, são sempre empolados: é o que a evidência demonstra"
O ministro fez ainda questão de frisar que "não há uma greve dos enfermeiros, mas uma greve dos enfermeiros da função pública".
"Um terceiro comentário que faço diz respeito à declaração de greve no Algarve, numa altura em que as pessoas mais precisam de cuidados. Por um lado é muito estranho, mas, por outro, já não é assim tão estranho se tivermos em conta que, no ano passado, este mesmo sindicato marcou uma greve quando foi a crise da 'legionella'"
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O ministro da Saúde disse ainda estranhar a greve, quando "estava marcada uma reunião para 27 de agosto, com uma proposta que foi entregue para melhorias de condições de milhares de enfermeiros, quer em termos de uniformização de condições, no sentido da sua subida, quer em termos de progressão e do próprio acordo coletivo de trabalho".
Aos jornalistas esclareceu que "não estava, nem estará" em discussão "qualquer proposta de passagem de 40 para 35 horas semanais, porque isso é uma lei da Assembleia da República".
"Não acontecerá nesta legislatura e espero que nem no futuro, porque, no privado e setor social, são 40 horas. Não se percebe como o sindicato defende algo para o setor público e acertou diferente para o setor privado"
A propósito das contas do Estado relativas ao primeiro trimestre, divulgadas ontem, o governante sustentou que o medicamento para a Hepatite C, contabilizado pelo seu preço de venda sem negociação, agravou os prejuízos dos hospitais. Daí o setor da saúde, a par da TAP, do Metro de Lisboa e do Metro do Porto, ter pesado tanto nos prejuízos do setor empresarial do Estado.
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