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Mortalidade diminuiu cinco vezes em oito anos

Relatório apresentado esta terça-feira em Lisboa dá conta de 152 mortes em 2009

As mortes de crianças e jovens até aos 19 anos diminuíram cinco vezes em oito anos, segundo o relatório de segurança infantil apresentado, esta terça-feira, em Lisboa, que regista ainda 152 mortes em 2009.

De acordo com a presidente da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), Sandra Nascimento, a taxa de mortalidade infantil tem vindo a diminuir desde o início dos anos 90. Em 1994 morreram 551 crianças e jovens enquanto em 2010, o número desceu para 90.

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«É de salientar o facto de Portugal, nestes últimos anos, ter conseguido evitar tantas mortes e poupar tantas vidas», sublinhou Sandra Nascimento, durante a apresentação do relatório de Avaliação de Segurança Infantil em Portugal 2012, que se refere a dados de 2009.

Enquanto o relatório revela a morte de 152 crianças e jovens em 2009, os números do INE apontam para 90 mortes no ano passado.

Em 2001, «a taxa de mortalidade rondava os 31 por 100 mil habitantes. Agora a taxa de mortalidade é de seis por cem mil», lembrou a responsável. «Portugal está agora acima da média, no que diz respeito à taxa de mortalidade por acidentes em crianças e adolescentes», realçou.

No entanto, sublinhou a presidente da APSI, «os acidentes continuam a ser a principal causa de morte até aos 19 anos e representam 16,62% de todas as mortes».

O relatório revela ainda que as crianças mais vulneráveis socialmente são também as mais atingidas. «As crianças de famílias com rendimentos mais baixos, com literacia mais baixa e que vivem em zonas mais carenciadas estão mais expostas ao risco de acidente», sublinhou Sandra Nascimento, lembrando que, em Portugal, cerca de 25% da população está em risco de pobreza ou exclusão.

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Segundo dados do INE, entre 2006 e 2010 morreram 625 crianças e jovens com menos de 19 anos em consequência de um acidente.

Apesar de a mortalidade infantil estar a reduzir, a responsável da APSI lembrou que «entre 2009 e 2012 houve muito pouca coisa que melhorou no que toca ao nível de segurança», estando Portugal ainda abaixo da média europeia.

Entre as áreas mais carenciadas no que toca a segurança, Sandra Nascimento apontou a segurança de peões e ciclistas, segurança na água e a prevenção de quedas.

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