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Incêndios Caramulo: «É tudo falso. Não tenho nada a ver»

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Um dos arguidos acusado de ter provocado os fogos na Serra do Caramulo que vitimaram quatro bombeiros negou, em tribunal, qualquer ligação aos factos

Um dos acusados de ter ateado vários fogos na Serra do Caramulo em agosto de 2013, que provocaram a morte de quatro bombeiros e vários prejuízos, garantiu hoje estar inocente.

«É tudo falso. Não tenho nada a ver com a acusação que me fazem», afirmou Luís Patrick, durante a primeira sessão de julgamento, que está a decorrer na secção de proximidade de Vouzela.

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Luís Patrick e Fernando Marinho estão acusados, em coautoria, de um crime de incêndio florestal, de quatro homicídios qualificados e de 13 de ofensa à integridade física qualificada. Sobre o primeiro recai também a acusação de condução sem qualificação legal.

Antes, o advogado de Luís Patrick tinha deixado claro que, durante a defesa, irá desmontar vários pontos da acusação, nomeadamente o de ele ter estado na noite de 20 para 21 de agosto com Fernando Marinho.

Segundo a acusação, nessa noite, Luís Patrick e Fernando Marinho foram numa motorizada conduzida pelo primeiro atear nove focos de incêndio, depois de terem estado a consumir bebidas alcoólicas.

O primeiro foco foi ateado às 23:54 de dia 20, em Casteirinho, Alcofra, concelho de Vouzela, tendo as chamas alastrado aos concelhos de Oliveira de Frades e Tondela e sido extintas a 27 de agosto.

O advogado disse que vai também demonstrar que «os factos da acusação não são exequíveis», atendendo ao percurso que tinham de fazer de motorizada e às condições dos estradões.

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Afirmou ainda que, naqueles dias, houve vários incêndios no perímetro da Serra do Caramulo, que se extinguiram e reacenderam.

«As mortes não foram em consequência do incêndio de Alcofra», afirmou, acrescentando que este incêndio «foi apagado no dia 21, no máximo na madrugada de 22» e que «há reacendimentos muito mais próximos do lugar das mortes».

O advogado pediu que fosse feita uma reconstituição do que se passou na noite de 20 para 21 de agosto, o que deverá acontecer no dia 13 ou no dia 14.

Os dois arguidos optaram por prestar declarações, tendo Luís Patrick sido ouvido durante a manhã.

O suspeito contou que esteve de férias em Portugal entre finais de julho e 28 de agosto, dia em que regressou ao Luxemburgo com os pais. Disse que, no dia 20 de agosto, esteve com Fernando Marinho até cerca das 20:00 e que depois se cruzou com ele mais tarde, quando ia a sair da praia fluvial de mota com uma amiga, e o colega estava a chegar.

Por achar que as declarações prestadas hoje por Luís Patrick tinham «algumas discrepâncias relativamente ao depoimento do interrogatório judicial», o procurador pediu que fosse ouvida a gravação, mas tal não foi possível devido a problemas no sistema informático.

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