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Vítimas na estrada: quadro negro em Portugal

Federação Europeia quer que seja retirado prémio ao nosso País. «Estatísticas são falsas», diz

A segurança rodoviária foi tema de discussão na assembleia anual da Federação Europeia das Vítimas da Estrada na qual foi traçado um quadro negro para Portugal, disse esta segunda-feira à Lusa Manuel João Ramos, da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM).

Aquela entidade pondera mesmo queixar-se ao Conselho de Segurança Rodoviário Europeu do que diz serem as «falsas estatísticas» sobre mortes e pedir que seja retirado a Portugal o prémio que lhe fora atribuído pela redução no índice de vítimas na estrada.

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Em declarações à agência Lusa, Manuel João Ramos adiantou que na assembleia anual, que decorreu domingo em Barcelona, Espanha, foram debatidos alguns problemas europeus a nível da sinistralidade na qual Portugal surge «com má imagem».

Nessa reunião, Manuel João Ramos foi nomeado para um dos três cargos de direcção da Federação Europeia das Vítimas da Estrada. «Aqui tive a oportunidade de ver e ouvir ao vivo os vários problemas e soluções de mobilidade e de acessibilidades nas cidades a nível mundial e problemas rodoviários e posso dizer que Portugal não fica nada bem no retrato geral», disse.

De acordo com Manuel João Ramos, foram apontadas, entre outras, a falta de trabalho e de coordenação ao nível da administração central e má aplicação das verbas e dos investimentos a nível local. «Outro dos problemas é o da passividade do cidadão português perante tudo isto, o que é preocupante», referiu.

Manuel João Ramos disse ainda ter apresentado dados que, na sua opinião, «mostram as falsas estatísticas em Portugal». «Portugal é o único país que não contabiliza os mortos a 30 dias. Queremos saber porque é que não se conta e o que se faz aos mortos, pois a diferença entre os números oficiais e os números divulgados que dão conta de mais 40 por cento em relação aos números oficias são preocupantes», disse.

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