El País dá a notícia da morte de José Saramago e destaca que foi o primeiro Nobel da língua portuguesa. O jornal espanhol escreve sobre «o filho de camponeses que cruzou preocupações sociais com exigência estética».
Outro periódico espanhol,o ABCcomeça o artigo sobre a morte de escritor também a fazer o destaque que se trata do primeiro e o único Nobel da língua portuguesa. Mais adiante no artigo cita-se Saramago: «A única defesa contra a morte é o amor».
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Continuando nos jornais espanhóis, no El Mundo, em título: «Morre José Saramago, escritor de lucidez e compromisso». A seguir, pode ler-se que Saramago morreu junto da mulher, na sua casa de Lanzarote. Depois de uma noite tranquila, tomou o pequeno-almoço como todos os dias, pouco tempo depois sente-se mal e morre, por volta das 13 horas em Espanha - meio-dia em Portugal.
Nos jornais ingleses, The Guardian, na secção de cultura, com o título «Novas formas de olhar», recupera uma entrevista com o escritor e destaca uma frase de Saramago, esta: «Eu não arranjo desculpas para o que os regimes comunistas fizeram. Mas tenho o direito de manter as minhas ideias».
A BBC Newsdá noticia da morte do Prémio Nobel, comunista e ateu. Ensaio sobre a Cegueira é escolhida como a mais conhecida obra de Saramago e o Evangelho Segundo Jesus Cristo a sua obra mais controversa.
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The New York Times, noticia a morte do Nobel português. Na notícia lemos: « Descreveu a globalização como o novo totalitarismo e lamentou fracasso da democracia contemporânea para deter o poder crescente das multinacionais», o escritor e o cidadão interventivo e polémico, e nesse contexto, o jornal nova-iorquino lembra que Saramago compara a forma como Israel trata os palestinianos a um novo Holocausto.
O Le Monde, dá a notícia da morte de José Saramago e escreve que é o único autor lusófono laureado com o Nobel da Literatura. A sua obra é histórica, alegórica e muitas vezes polémica, lê-se no artigo do jornal francês.
Na Lire, a mesma ideia, e uma constante em todos os artigos, Saramago é o único autor de língua portuguesa a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Literatura. Na revista de livros e cultura francesa, escreve-se que «Saramago foi comunista, ateu convicto e que vivia exilado em Lanzarote desde 1993, depois do «escândalo» provocado pela publicação de O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
A edição online de A Folha de S. Paulo dá a notícia a partir do correspondente em Madrid. No estadão lê-se: «O autor recebeu o prémio máximo da Literatura em 1998. Segundo a premiação, Saramago "nos permitiu mais uma vez apreender uma realidade ilusória por meio de parábolas sustentadas pela imaginação, pela compaixão e pela ironia"».
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