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Paulo Pereira Cristóvão fica em prisão preventiva

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Dirigente da Juventude Leonina também. Terceiro arguido fica com Termo de Identidade e Residência

O ex-vice-presidente do Sporting e ex-inspetor da Polícia Judiciária Paulo Pereira Cristóvão vai ficar em prisão preventiva.

As medidas de coação decididas pelo Tribunal Central de Instrução Criminal, após o interrogatório judicial, foram esta tarde lidas pela juíza presidente da comarca de Lisboa, Amélia Correia de Almeida.

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Um dos líderes da claque sportinguista Juventude Leonina, conhecido por «Mustafá», também ficará em prisão preventiva.

Paulo Pereira Cristóvão e Nuno Vieira estão indiciados por roubo qualificado, associação criminosa e sequestro.

Já o terceiro arguido, Nuno Lobito, fotógrafo de profissão, vai aguardar o desenrolar do inquérito em Termo de Identidade e Residência (TIR), indiciado pelo crime de adesão a associação criminosa por referência aos crimes imputados aos arguidos Paulo Pereira Cristóvão e Nuno Vieira Mendes «Mustafá».

O antigo vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão e Nuno Vieira Mendes «Mustafá» foram detidos na terça-feira por suspeita de associação criminosa, roubo e sequestro, tendo o juiz do TCIC determinado esta sexta-feira que ficam ambos a aguardar em prisão preventiva o desenrolar do processo, indiciados pela autoria moral de um crime de roubo qualificado, autoria material de um crime de associação criminosa e três crimes de sequestro.

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Segundo a porta-voz do tribunal, as defesas de Pereira Cristóvão e de Mustafá opuseram-se à aplicação de medidas privativas da liberdade e, no limite, propuseram que a estes dois arguidos fosse aplicada a medida de coação de obrigação de permanência na residência (vulgo prisão domiciliária), com vigilância eletrónica, mas o TCIC acabou por aplicar a medida mais gravosa - prisão preventiva.

A defesa de Nuno Lobito pugnou para que ao fotógrafo fosse retirado o estatuto de arguido, mas o TCIC decidiu aplicar-lhe a medida de TIR, indiciado por adesão a associação criminosa, crime previsto no artigo 299 do Código Penal.

Quando da detenção dos arguidos na terça-feira, fonte policial disse à Lusa que o antigo inspetor da PJ era suspeito de ter fornecido «informação útil sobre as vítimas» à associação criminosa a que pertencia, sendo um dos «mentores» dos roubos e sequestros perpetrados pelo grupo.

Pereira Cristóvão, de 45 anos, que iniciou a carreira na PJ como segurança, antes de ingressar na carreira de inspetor, é suspeito de «fornecer informações úteis aos autores materiais» de crimes de roubo e sequestro, na zona de Lisboa e Setúbal.

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Em novembro de 1990, entrou para os quadros da PJ de onde saiu no início de 2007, para fundar uma empresa de consultoria e investigação. Na PJ foram-lhe atribuídos alguns processos mediáticos, nomeadamente o «caso Joana», sobre o desaparecimento de uma menor no Algarve que levou à detenção da mãe.

Estes três arguidos, juntamente com outros 12 suspeitos detidos desde meados de 2014, compunham uma organização criminosa dedicada ao roubo no interior de residências.

Nos assaltos, simulavam tratar-se de verdadeiras ações policiais para cumprimento de buscas domiciliárias judicialmente ordenadas, tendo mesmo, em alguns casos, utilizado as suas próprias fardas para assim melhor credibilizarem as ações.

Paulo Pereira Cristóvão foi vice-presidente do Sporting durante o mandato de Godinho Lopes (2011 a 2013), depois de ter sido candidato à presidência do clube, tendo perdido as eleições para José Eduardo Bettencourt.

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