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«O maior drama da humanidade»

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Cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, apela ao reencontro com Deus

O reencontro do homem com Deus foi a tónica da mensagem de Natal do cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, que salientou que «o afastamento de Deus, ou o seu esquecimento e negação, constituem o maior drama da humanidade».

«Aconteceu, tantas vezes, em nome da autonomia do homem e da sua liberdade, pensando que pela sua inteligência e engenho podia atingir a plenitude da vida, esquecendo que n`Ele estava toda a vida e a vida era a luz dos homens», destacou D. José Policarpo.

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O reencontro do homem com Deus perde o sentido quando se situa a esperança de uma vida melhor «apenas no progresso deste mundo, fruto exclusivo do engenho humano e das capacidades dos homens», considerou.

«Todas as formas de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade, que tiram todo o sentido ao Natal, que é a exultação e o grito de alegria e de esperança que brotou do reencontro do homem com Deus», vincou o cardeal-patriarca.

Citando a Carta Encíclica que o Papa Bento XVI dirigiu aos católicos no início do Advento (que começa quatro domingos antes do Natal), o cardeal-patriarca salienta que o modo de preparar o Natal é encontrar em Jesus Cristo «a fonte da verdadeira esperança».

«É natural no homem procurar a vida, uma vida melhor e feliz. Este dinamismo é, simultaneamente, experiência e desejo. Esta busca da vida situa as diversas esperanças dos homens», destacou.

A felicidade humana

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A humanidade esqueceu «que o progresso material não é a única componente da felicidade humana, e que nenhuma esperança deste mundo anula a esperança na vida eterna», frisou.

«Abandonaram Deus, enquanto factor decisivo da felicidade humana, esqueceram a mensagem do Natal, esperança definitiva de reencontro de Deus com o homem, que redescobre em Deus o segredo da sua vida, a fonte da sua plenitude», acrescentou, prosseguindo, «se Cristo é a Vida, só Ele pode ser o fundamento da esperança verdadeira, que resiste a todas as dificuldades e vicissitudes».

«Celebrar o Natal exige o reencontro profundo com a primazia de Deus na nossa vida, pede-nos que revejamos as noções de felicidade e de progresso, de sociedade perfeita e de liberdade», sublinhou.

«A nossa vida descobre-se em Deus. E isso foi-nos tornado possível por aquele Menino que nasceu para nós, O Verbo eterno de Deus feito homem», concluiu José Policarpo, numa mensagem intitulada «A Encarnação do Verbo de Deus é o reacender da esperança».

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Maternidade virginal de Maria

A explicação do mistério da maternidade virginal de Maria, mãe de Jesus, segundo a tradição católica, dominou também a mensagem da homilia presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, na Sé Patriarcal.

«Há um mistério nesta maternidade: uma virgem é mãe. Os textos bíblicos sugerem-no, a fé subsequente da Igreja confirma-o: trata-se de uma maternidade virginal, uma expressão que à luz da realidade humana como a conhecemos, aparece contraditória nos termos», referiu o Cardeal, explicando que «o primeiro dom que a mulher oferece ao seu Filho, na intimidade do amor esponsal, é a sua virgindade».

Recusando quer a negação deste «mistério», ao recorrer a interpretações simbólicas, quer a sua aceitação, mas através de uma caracterização de Maria e José como «um casal só a fazer de conta», o prelado argumentou que a «luz» que esclarece o paradoxo «brota da beleza do amor na sua fonte primeira, a comunidade divina e da verdade profunda da união esponsal do homem e da mulher, que são, no seu amor, a imagem de Deus-amor».

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