A procuradora Helena Fazenda confirmou que lhe foi roubado o seu computador portátil, mas recusou que este caso tenha ligação às «investigações dos crimes associados à noite do Porto», de que é responsável. A Procuradoria-Geral da República também comentou o caso, garantiu que este furto «não compromete as investigações» do processo «Noite Branca».
«O furto do computador portátil não compromete em nada a segurança e a dinâmica da investigações em curso, não contendo informação coberta pelo segredo de justiça e que ponha em causa quaisquer intervenientes», disse este sábado fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) à agência Lusa. «A Polícia Judiciária prossegue as investigações», declarou a mesma fonte.
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«Acto fortuito»
Também em comunicado enviado à agência Lusa, a procuradora Helena Fazenda confirma a ocorrência do assalto à sua casa, que diz ter sido «um acto fortuito» e «sem relação» com a sua actividade profissional, «designadamente com as investigações» de que é responsável, como «as investigações dos crimes associados à noite do Porto».
«Foram furtados diversos objectos pessoais, de diversa natureza, em regra apropriados em assaltos a residências. Este acto contra a propriedade não é mais que um dos que infelizmente atingem diariamente muitos cidadãos no nosso país, não podendo nem devendo merecer da parte da comunicação social tratamento diferente daquele que é dedicado a outro qualquer cidadão, vítima de factos idênticos», acrescenta a procuradora no comunicado.
Para Helena Fazenda, «a forma como estão a ser explorados os factos só pode relevar interesses pouco claros direccionados ao comprometimento das mesmas investigações».
«Noite Branca»
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Uma onda de assassinatos entre alegados grupos marcou nos últimos tempos a noite nortenha e fontes policiais interpretam este surto de criminalidade como estando associado a uma «guerra» entre grupos rivais de seguranças profissionais na disputa de «território» de actuação.
Em Dezembro último, a Polícia Judiciária desencadeou a operação «Noite Branca», de combate à criminalidade associada à noite do Porto, fazendo 11 detidos, quatro dos quais acabaram em prisão preventiva.
Para averiguar estes e outros crimes relacionados com a noite do Porto, o Procurador-Geral da República, Fernando Pinto Monteiro, determinou a criação de uma equipa especial de investigação liderada pela procuradora Helena Fazenda, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
O caso do roubo do computador de Helena Fazenda foi avançado na edição deste sábado do jornal Correio da Manhã. A publicação deu conta que o computador da procuradora da República Helena Fazenda foi roubado da sua casa, em Lisboa, na quinta-feira à noite. A notícia referia ainda que haveria «o perigo de acesso à identidade de testemunhas e conteúdo de escutas telefónicas».
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