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ETA: governo basco aponta mais suspeitos em Portugal

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Até agora, apenas são procurados dois etarras

O ministro do Interior do País Basco está convencido de que há mais elementos da ETA envolvidos nas operações do grupo terrorista em Portugal além dos dois suspeitos actualmente procurados pelas autoridades polícias portuguesas e espanholas.

Em declarações à Lusa, Rodolfo Ares disse também que acredita que «a excelente cooperação» entre os dois países e o «profissionalismo» das forças policiais portuguesas acabará por permitir desarticular a operação da ETA em Portugal.

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« Seguramente há mais gente envolvida em todo o operativo em Portugal. Mas confio muito no profissionalismo da polícia portuguesa e que, em colaboração, possamos travar esta situação», afirmou.

Até aqui, o Governo espanhol apontou dois suspeitos, Oier Gómez e Andoni Zengotitabengoa, de terem ocupado a casa de Óbidos onde as autoridades policiais portuguesas encontraram mais de mil quilos de explosivos.

Segundo o Governo de Madrid, esta casa era a nova fábrica de bombas da ETA e estes dois suspeitos trabalhariam com Garikoitz García Arrieta e Iratxe Yáñez Ortiz de Barron, detidos em Torre de Moncorvo em meados de Janeiro depois de terem fugido à Guardia Civil de Espanha.

Ares, que repetidamente felicitou o «êxito» da operação em Óbidos e o «profissionalismo e dedicação» do Governo e das forças de segurança portuguesas no combate à ETA, admitiu preocupação por a organização terrorista ter transferido operações para Portugal.

« Preocupa-nos que a ETA possa querer estabelecer fábricas de bombas, como é o caso [do que estava a acontecer] em Portugal, e que possa ter alguma organização estável» em território português, disse.

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«Felizmente, a colaboração da polícia portuguesa com a espanhola demonstrou que onde quer que esteja a ETA continuará a ser perseguida. Estamos muito agradecidos ao Governo e à polícia portuguesa», disse.

Questionado sobre se a ETA continua com capacidade para fazer atentados, Ares sublinhou que «é evidente» que sim.

«É evidente que demos golpes importantes à ETA, primeiro com as detenções e a descoberta de importantes esconderijos em França, onde tinham armazenado material para fabrico de bombas, depois as detenções e detecções no País Basco e agora com a actuação em Portugal», afirmou.

« Estamos no bom caminho mas não podemos descartar que a ETA tenha capacidade para fazer mais atentados. E pelo que se revelou em Óbidos, estava a preparar-se para o fazer», disse.

No campo político, Rodolfo Ares afirmou que é vital «continuar a combater em todas as frentes a ETA e os que queiram sustentar a sua actividade».

«Temos de combater as bases ideológicas que querem dar sustento à ETA e continuar a trabalhar sem descanso, com a máxima eficácia policial e judicial, procurando toda a colaboração internacional para acabar com a ETA», disse.

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