Afinal, não foi a primeira vez que doentes do médico holandês da clínica de Lagoa ficaram com problemas de visão, diz o «JN», segundo a Real Associação Holandesa de Medicina (RAHM), homónima da Ordem dos Médicos portuguesa,
As vítimas vieram da Holanda para ser operadas em Lagoa. Mesmo com voo e estadia, a cirurgia em Portugal ficava 50% mais barata do que na outra clínica de Versteeg, no norte da Holanda.
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Os casos ocorreram, na sua maioria, entre 31 de Maio e 1 de Junho de 2004. Olhando para o calendário, significa que as cirurgias decorreram dois meses antes de Versteeg ter enviado à Administração Regional de Saúde (ARS) de Faro um pedido de licenciamento com documentação clínica. E só em 28 de Outubro de 2004, o cirurgião pediu ao delegado de saúde de Lagoa uma vistoria higieno-sanitária às instalações, por onde já tinham passado os queixosos.
Franz Versteeg terá dito, em defesa, junto da Inspecção-Geral da Saúde holandesa, que tem em mãos a averiguação dos 14 casos, que o equipamento laser usado nas intervenções funcionava com uma falha técnica. O problema fazia direccionar o feixe laser para vários sítios em vez de um.
Franz Versteeg, em entrevista ao «JN», garantiu que conseguiu devolver até 90% da visão a oito dos pacientes
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