A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, afirmou esta sexta-feira que as medidas apresentadas pelo Governo são «muito duras», principalmente para as famílias que já não têm onde cortar, noticia a Lusa.
«Estas medidas seriam expectáveis, em função do que foi anteriormente divulgado, mas para a população com orçamentos mais baixos são muito duras e essa dureza é tanto maior quanto essas pessoas vivem com orçamentos muito reduzidos, sem folga para mais reduções», sustentou.
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Para Isabel Jonet, os novos cortes vão gerar consequências muito graves, como é o exemplo dos subsídios de férias e de Natal, como rendimentos extra para pagar o seguro do carro ou outros serviços que as famílias não podem pagar.
As famílias de «classe média ou remediadas» não são as mais preocupantes para Jonet, que considera que terão que reajustar todos os seus consumos, para não contarem com os rendimentos extra com que contavam.
«Na maior parte dos países europeus não existem os subsídios, só os 12 ordenados. Em Portugal vai ser necessária uma reeducação das famílias para viver com os ordenados 12 meses por ano. Vão ter que ter um nível de consumo mais baixo», frisou.
A grande preocupação da presidente do Banco Alimentar Conta a Fome recai para os mais pobres e para os idosos com reformas muito baixas e que, com o aumento do IVA não vão conseguir aguentar.
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