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VMER de Évora parada metade do tempo por falta de médicos

Denúncia da Ordem foi confirmada pelo Hospital do Espírito Santo

A Ordem dos Médicos denunciou nesta segunda-feira que a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Évora está inoperacional em quase metade dos turnos, traduzindo as «proporções alarmantes» que estão a tomar as dificuldades financeiras no setor da saúde.

O Hospital Espírito Santo de Évora confirmou, numa reação à agência Lusa, a inoperacionalidade da VMER, por falta de médicos.

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Em comunicado, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afirma que os «problemas e dificuldades financeiras» do Serviço Nacional de Saúde «começam a atingir proporções alarmantes, originando falhas nas circunstâncias mais delicadas e sensíveis, que podem fazer a diferença entre a vida e a morte».

Como exemplo refere o caso da VMER de Évora, «que está inoperacional em 40% a 50% dos turnos», deixando os cidadãos do distrito de Évora «sem nenhum meio qualificado de emergência médica pré-hospitalar».

De acordo com a escala de médicos da VMER daquele hospital para o mês de maio, em 17 dos 31 dias há turnos por preencher.

Numa nota, o Hospital Espírito Santo de Évora reconhece que a viatura de emergência médica pré-hospitalar «não tem operacionalidade a 100% assegurada, por falta de médicos», mas promete, sem avançar uma data precisa, regular a situação a curto prazo.

O hospital adianta que os médicos que se mostraram interessados em prestar serviço na VMER estão, desde finais do ano passado, a receber a devida formação.

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Para o bastonário da Ordem dos Médicos, o caso da VMER de Évora explica-se por «o ministério da Saúde continuar a privilegiar as contratações através de empresas fornecedoras de mão-de-obra em vez de contratar diretamente os profissionais devidamente qualificados de que necessita».

«Quem sofre são os doentes», afirma José Manuel Silva, considerando a situação «desumana e intolerável».

Segundo o bastonário, há ainda uma circunstância que «agrava« a situação destes cidadãos e que se prende com o facto de não haver substituição do Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo de Évora, há vários meses em gestão corrente.

O bastonário questiona, a propósito, se o ministério assumirá a responsabilidade pela morte de algum cidadão por este motivo e questiona quando estará resolvida a situação.

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