A opção Alcochete para o novo aeroporto de Lisboa permite poupar 3 mil milhões de euros, incluindo uma nova ponte e o redesenho da rede de alta velocidade, segundo o estudo da CIP, divulgado esta sexta-feira pelo Diário de Notícias.
De acordo com o estudo da Confederação da Indústria Portuguesa, só a construção do aeroporto em Alcochete, estimada em cerca de 2 mil milhões de euros, representa uma poupança de mil milhões de euros relativamente à opção Ota, que de acordo com cálculos do Governo deverá custar 3,1 mil milhões de euros.
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Com a construção de uma nova ponte a ligar o Beato à península do Montijo e a redefinição da rede de alta velocidade, com um troço comum nas ligações ao Porto, Madrid e Algarve, será possível poupar no total 3 mil milhões de euros face à localização na Ota, à construção de uma ponte Chelas-Barreiro e à rede de alta velocidade já aprovada pelo Governo.
O documento admite tanto a possibilidade de encerramento da Portela logo que Alcochete esteja operacional como a manutenção do actual aeroporto, funcionando em simultâneo.
A localização no Campo de Tiro de Alcochete «oferece uma economia superior a mil milhões de euros por não requerer expropriações e poder beneficiar de maior grau de financiamento da União Europeia, por se localizar no distrito de Santarém», disse ao DN uma fonte ligada à elaboração do estudo.
A CIP propõe uma saída comum nas ligações em alta velocidade ao Porto, Algarve e Madrid, com partida da Gare do Oriente ou de uma nova estação a erguer em Chelas/Olaias e uma ligação do novo aeroporto ao nó ferroviário do Poceirão, enquanto o projecto de alta velocidade aprovado pelo Governo prevê a construção de duas linhas à saída de Lisboa.
O estudo aponta ainda para a construção de uma segunda ponte, de pequenas dimensões, para ligar o Barreiro à península do Montijo.
O relatório da CIP diz que a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete permite todas as conjugações, ou seja, Portela+Alcochete, Portela+1 pista em Alcochete e Alcochete sem Portela, sendo esta última a solução que reúne mais consenso.
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