O Carnaval de Ovar registo na edição deste ano «uma adesão do público como nunca teve», disse à Lusa o presidente da Fundação do Carnaval de Ovar, José Américo.
De acordo com aquele responsável, que não estava ainda na posse dos números definitivos de ingressos vendidos, «houve muito mais gente do que em anos anteriores», a avaliar pelo movimento das bilheteiras.
PUB
«Ainda bem que está este sol magnífico porque é essencial para que as pessoas venham participar nas nossas actividades», disse à Lusa.
Explosão de cor encerra desfiles no Sambódromo (fotos)
Alegria, criatividade e muita folia caracterizaram o corso carnavalesco, que fez desfilar pela Avenida Sá Carneiro mais de dois mil figurantes, quatro escolas de samba, duas dezenas de grupos de foliões e quatro carros alegóricos.
Entre participantes no desfile (dos grupos e escolas de samba), voluntários e equipas de piquetes, estiveram no total cerca de três mil pessoas envolvidas para que o evento tivesse sucesso.
A preparação começou há meses, mais precisamente no início de Outubro, e a organização só desmobiliza «lá para Abril» porque há tarefas que se prolongam por mais de um mês.
A «máquina»
«Há toda uma "máquina" que é montada para o Carnaval e que envolve costureiras, médicos, carpinteiros, trabalhadores fabris e as mais variadas profissões. É isso que enriquece os nossos grupos e essa diversidade ajuda depois a construir os quadros e alegorias pela própria comunidade», explicou José Américo.
PUB
Todos os anos são concebidas 24 maquetas de temas diferentes que não podem ser repetidos entre si, nem em relação aos anos anteriores.
«É duro e desgastante», como admite o presidente da Fundação do Carnaval de Ovar, mas o espírito carnavalesco é cultivado pelas famílias de Ovar, pelo menos desde a década de 50, e «tem a continuidade assegurada pelo entusiasmo dos mais pequenos».
«Organizar voluntariamente o Carnaval é uma homenagem que prestamos a todos aqueles que já passaram por este grande esforço, alguns dos quais já não estão entre nós, e que dedicaram ao Carnaval muito do seu saber e da sua alegria», afirma José Américo.
Orçamento de 500 mil euros
O orçamento deste ano foi de cerca de 500 mil euros, «mas os grupos e escolas contribuem do seu bolso com outro tanto», segundo aquele responsável.
O investimento financeiro e humano acaba por ser compensador pelo efeito sobre a economia local: «todo o comércio se anima com a venda de materiais, como tintas, tecidos, esferovite, ferro, ou algodão, mas também muito o sector da restauração e bebidas», descreve o presidente da Fundação, que é também vereador da Câmara de Ovar.
PUB