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«Dizem que o filho foi viajar para o estrangeiro»

Há casos de mães que se recusam a encarar a realidade. «Nem sequer vão ao funeral»

«O número crescente de jovens que anualmente perdem a vida em Portugal - cerca de cinco mil dos 0 aos 30 anos -, deixa famílias destroçadas (...). É preciso que os pais sintam que não sofrem sozinhos, que não são esquecidos, nem diferentes dos outros», diz um dos livros publicados pela associação «A Nossa ncora», que acompanha pais em luto. Mas há casos extremos e gravíssimos de mães que preferem não encarar a realidade.

«Nem sequer vão ao funeral» e dizem que «o filho foi viajar: vivem numa dualidade, porque no fundo sabem qual é a verdade, mas não a conseguem encarar. É demasiado demolidor», conta Emília Agostinho, que acredita que um pai tem de ir ao fundo para poder voltar à superfície» e acredita na importância de «chorar tudo, de desabafar sem restrições».

«O pior que me podiam dizer, quando o meu filho partiu, era "não chores mais, já chega"; aqui nas reuniões não há frases dessas. Todos percebemos porque irrompem as lágrimas, sem as conseguir controlar».

Alice Goulão, mãe em luto há 20 anos, recorda como desabafava para o papel, enquanto estava a trabalhar, «para não aborrecer os colegas, mais uma vez». A técnica funciona para muitos pais. «O papel nunca fica farto», diz-nos esta mãe que confessa ter «ido a baixo no dia em que fez 20 anos» que o filho faleceu. «Meti-me na cama e chorei tudo».

Leia aqui a reportagem na íntegra: «O meu filho morreu? Ninguém pergunta por ele?»

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