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Representantes da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) foram impedidos de devolver condecorações à Presidência da República em protesto contra a aprovação do novo Estatuto dos militares das Forças Armadas (EMFA), no Palácio de Belém, Lisboa.
"As forças policiais tinham instruções para nos recusar a entrada. Para nós, isto é grave. O que vínhamos fazer aqui é um ato cheio de significado, digno, que representa o sentimento mais nobre de quem é militar", insurgiu-se o presidente da AOFA, coronel Pereira Cracel.
"Quando se vem aqui entregar uma medalha, percebe-se que é um pouco da sua alma que a larga... depois disto, saber que o Presidente de todos os portugueses, também supremo comandante de todas as Forças Armadas, recusa aos militares, independentemente de concordar ou discordar do gesto, mas o gesto é nosso, não é dele?", continuou o dirigente da AOFA.
"Repudiamos veementemente este ato do Presidente, que nos faz crer que - se não for, parece - é colaborador, colaborante, da tutela em tudo aquilo que vai acontecendo aos militares e às Forças Armadas", afirmou.
"As medalhas vão ser enviadas à Presidência da República por carta registada e com aviso de receção. O Presidente vai recebê-las e está obrigado a cumprir aquilo que os cidadãos, em geral, cumprem. Há de recebê-la e assiná-la ou alguém por ele", prometeu o presidente da AOFA.
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