O Reino Unido inicia esta segunda-feira uma nova etapa do plano de desconfinamento, incluindo autorização para viajar de férias para o estrangeiro, mas apenas alguns países, entre os quais Portugal, permitem a entrada a britânicos.
Dos 12 países e territórios da ‘lista verde’ do governo britânico, que autoriza as viagens por motivos não essenciais e não exige quarentena de 10 dias no regresso, sete não deixam entrar turistas, como Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brunei e Ilhas Malvinas.
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O facto de ser um dos poucos destinos de praia na lista, a qual deixou de fora países populares como Espanha, Grécia e Turquia, levou a um número elevado de procura e reservas.
O Governo português anunciou que vai manter algumas das restrições ao tráfego aéreo, bem como ao tráfego marítimo, até 30 de maio. Apesar disso, o executivo decidiu aligeirar as medidas, permitindo agora a chegada de cidadãos vindos de países do Espaço Schengen (Liechtenstein, Noruega, Islândia e Suíça) e Reino Unido que apresentem uma incidência inferior a 500 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Os cidadãos vindos destes países "podem realizar todo o tipo de viagens para Portugal, incluindo viagens não essenciais".
Essa reabertura do turismo tem lugar a partir desta segunda-feira.
O grupo TUI disse à Agência Lusa ter adicionado mais cinco voos por semana a partir desta segunda-feira e atribuído aeronaves mais espaçosas para ter capacidade adicional.
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A partir desta segunda-feira, as pessoas na Inglaterra poderão também comer no interior de restaurantes ou beber uma cerveja num ‘pub’, em vez de ficarem limitados às esplanadas como até agora, e visitar familiares ou amigos dentro de casa e abraçá-los.
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte estão a seguir caminhos de reabertura semelhantes, mas ligeiramente diferentes.
Outros espaços de lazer, como cinemas, museus, teatros e salas de concerto poderão reabrir, embora com limites de capacidade para grandes eventos.
Porém, o entusiasmo com a reabertura do turismo e a restauração é ensombrado pela ansiedade que uma variante do coronavírus descoberta na Índia está a causar por estar a espalhar-se rapidamente.
O número de casos da variante B1.617.2 mais do que duplicaram numa semana no Reino Unido, desafiando uma tendência acentuada de queda em todo o país de infeções e mortes nas últimas semanas.
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Rastreios porta a porta e apelos para as pessoas serem vacinadas estão a ser realizados nas áreas do norte da Inglaterra mais afetadas.
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse no domingo à BBC que a variante é mais transmissível do que a variante principal descoberta em Inglaterra no ano passado e "é provável que se torne a variante dominante".
Mas a boa notícia é que temos cada vez mais confiança de que a vacina funciona contra a variante, a estratégia está no caminho certo. Só que o vírus ganhou um pouco de ímpeto e, portanto, todos temos que ser um pouco mais cuidadosos e cautelosos”, disse.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não excluiu atrasar a quarta etapa do plano de desconfinamento, prevista para 21 de junho, quando o Governo pretendia levantar todas as restrições e medidas de distanciamento social.
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Disse também que não previa aumentar a “lista verde”, a qual é suposto ser revista a cada três semanas, no futuro próximo.
O Reino Unido registou quase 128.000 mortes desde o início da pandemia, o número mais alto na Europa e o quinto a nível mundial.
O número de casos caiu para uma média de cerca de 2.000 por dia, em comparação com quase 70.000 por dia durante o pico do inverno, e as mortes caíram para um dígito por dia.
Quase 70% dos adultos britânicos receberam a primeira dose de uma vacina contra o coronavírus e 38% receberam as duas doses.
Faro recebe hoje 5.500 passageiros de 17 voos com origem no Reino UnidoO aeroporto de Faro espera hoje 17 voos com 5.500 passageiros do Reino Unido, naquele que é o primeiro dia em que os britânicos estão autorizados a viajar para Portugal sem terem de fazer quarentena no regresso.
Ao final da manhã, o aeroporto da capital algarvia começou a receber os primeiros passageiros britânicos de um voo com origem na cidade de Manchester, como o jovem casal John e ‘Steff’, que veio para uma estadia de cinco noites em Albufeira.
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