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INE: excesso de mortalidade em Portugal reverteu na segunda semana de junho

Número de óbitos em junho já ficou abaixo dos valores registados no mesmo período do ano passado, ao contrário do que aconteceu durante o estado de emergência devido à pandemia de Covid-19

O número de óbitos em Portugal entre o início do estado de emergência e 7 de junho excedeu o do período homólogo, mas na segunda semana de junho os valores já ficaram abaixo dos registados em 2018 e 2019.

Segundo os dados revelados hoje pelo Instituto Nacional de estatística (INE), “entre a 12.ª semana (16 a 22 de março) e a 23.ª (01 a 07 de junho), o número de óbitos excedeu o observado nas semanas homólogas, retomando na 24.ª e na 25.ª semana (08 a 21 de junho) valores inferiores aos verificados em 2018 e 2019".

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Os primeiros casos de COVID-19 foram registados a 02 de março, o primeiro óbito a 16 de março e os dados do INE hoje divulgados abrangem o período entre 01 de março e 21 de junho.

De acordo com os números divulgados na quinta-feira pela ministra da Saúde, na Comissão Parlamentar de Saúde, morreram mais 2.973 pessoas (mais 9%) em Portugal, por todas as causas, entre março, no início do estado de emergência devido à covid-19, e junho, em comparação com o mesmo período de 2019.

Segundo os números do INE, o aumento da mortalidade resultou sobretudo do acréscimo dos óbitos de pessoas com 75 e mais anos (+2 509).

Em 155 municípios os óbitos entre 25 de maio e 21 de junho superaram os registados no período homólogo de referência (média do número de óbitos no mesmo período em 2018 e 2019)”, escreve o INE, que sublinha o facto de a expressão da pandemia continuar a ser caracterizada por “uma elevada heterogeneidade territorial”.

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O INE refere ainda que, a 01 de julho, “por cada 10 mil habitantes existiam 41,6 casos confirmados de covid-19 em Portugal, o que representa um aumento de 12% em relação ao dia 17 de junho” e que “o número de casos confirmados com a doença por 10 mil habitantes foi superior ao valor nacional em 44 municípios”.

A 1 de julho, segundo os dados hoje divulgados, a leitura da relação entre o número de casos confirmados e o número de novos casos confirmados (últimos 7 dias) por 10 mil habitantes “evidenciava 10 municípios da Área Metropolitana de Lisboa com valores acima da média nacional em ambos os indicadores”.

Estes municípios - Amadora, Moita, Sintra, Oeiras, Loures, Cascais, Lisboa, Odivelas, Vila Franca de Xira e Barreiro – “concentraram 64% do total de novos casos do país e 89% do total da AML”, escreve o INE.

Esta tendência é aliás comprovada pelo boletim epidemiológico divulgado na quinta-feira pela Direção Geral da Saúde (DGS), que indica um total de 1.587 óbitos relacionados com a covid-19 desde o início da pandemia e 42.782 casos de infeção, mais 328 do que no dia anterior, cerca de 83% dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo.

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O INE indica ainda que em 155 dos 308 municípios portugueses o número de óbitos registados nas últimas quatro semanas analisadas (entre 25 de maio e 21 de junho) “foi superior ao valor homólogo de referência (média para o mesmo período em 2018 e 2019)”.

Deste conjunto, destacaram-se 44 municípios que registaram um número de óbitos 1,5 vezes superior ao registado no período homólogo de referência. Para os restantes 153 municípios o número de óbitos registados nas últimas quatro semanas foi igual ou inferior ao observado no período de referência”, acrescenta.

Apesar da diferenciação territorial, o INE diz que o coeficiente de localização estimado para os dias 25 de março e 1 de julho “sugere uma redução da concentração territorial dos casos, i.e., uma disseminação espacial progressiva no conjunto do país

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