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Ateístas criticam «visita inoportuna» de Bento XVI

Associação Ateísta Portuguesa acusa o Papa de fazer «campanha de marketing prosélita», à qual o Estado «deu cobertura inusitada»

O presidente da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera a vinda do Papa a Portugal «profundamente inoportuna», acusando-o de estar a fazer «uma campanha de marketing prosélita, a que o Estado laico deu uma cobertura inusitada».

Carlos Esperança falava à Agência Lusa, esta quinta-feira, em Coimbra, à margem de um colóquio, uma espécie de «13 de Maio alternativo» promovido pela AAP, subordinado ao tema «ateísmo, laicidade e clericalismo em Portugal».

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«O Estado laico deu uma cobertura inusitada» à visita de Bento XVI, que, «inclusive, esta noite dormiu com guarda de honra de militares da GNR em farda de gala», acusou.

O Papa, afirma ainda o presidente da AAP, foi, com aquela guarda de honra, tratado como «um chefe de Estado, quando ele está em peregrinação num local de romagem para crentes».

Em Portugal, «organizou-se o mais colossal banho de multidão possível, para branquear a atitude do Papa nas fortes suspeitas de encobrimento dos crimes de pedofilia da igreja católica», acusa Carlos Esperança.

«Tolerância de ponto inaceitável»

«A tolerância de ponto é inaceitável», tanto numa perspectiva ética como «sob o ponto de vista da laicidade a que o Estado está obrigado, de acordo com a Constituição da República Portuguesa», afirma o presidente da AAP.

Carlos Esperança também se insurge contra «as manifestações de subserviência, que vão desde o beija-mão de altas figuras à própria família do Presidente da República».

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