A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a conclusão de uma investigação que culminou no desmantelamento de quatro redes que se dedicavam, «em território nacional, à falsificação e contrafacção de documentos de identificação portugueses». A investigação prolongou-se «por mais de três anos, durante os quais a Polícia Judiciária constituiu cerca de 50 arguidos, ouviu mais de 100 testemunhas e efectuou 27 buscas domiciliárias em simultâneo».
«As redes criminosas procediam à receptação de bilhetes de identidade e passaportes autênticos que haviam sido furtados, vindo, posteriormente, a alterá-los e a transaccioná-los para utilização de indivíduos estrangeiros, originários de África e da América do Sul», explica a PJ em comunicado.
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Ainda de acordo com o mesmo documento, «uma das redes, em paralelo, dedicava-se à elaboração de contratos de trabalho fictícios para estrangeiros e ao pagamento das respectivas contribuições para a Segurança Social», para, posteriormente, legalizar os supostos trabalhadores em território nacional.
A PJ apreendeu «inúmeros passaportes, bilhetes de identidade, cartas de condução e autorizações de residência, bem como variado material informático, impressoras, carimbos e cunhos falsos utilizados na prática do crime». Os serviços das redes «eram proporcionados a troco de substanciais quantias em dinheiro».
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