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A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, admitiu que a violação do segredo de justiça é uma situação que «a todos tem que preocupar» e alertou para a existência de «vários atores».
afirmações da procuradora-geral da República Joana Marques Vidal«Claro que a todos nos tem que preocupar a violação do segredo de justiça. Mas não sejamos ingénuos. A violação do segredo de justiça tem vários atores e, sendo algo que a todos preocupa, o que importa é que nos empenhemos a combatê-lo».
Ainda sobre a entrevista da magistrada ao «Público» e à Rádio Renascença, e questionada sobre o tema da corrupção, a ministra disse apenas que, quanto a essa matéria, «mais do que as palavras valem os atos».
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Ministra da Justiça responsabiliza sindicato por falta de recursos humanos«Eu penso que tem sido visível desde o combate à fraude no Serviço Nacional de Saúde, na Segurança Social e em outras áreas e setores. Tem sido evidente a atuação de todas as forças e de todos aqueles que devem intervir na ação penal e portanto eu creio que nós iniciamos uma mudança efetiva».
Paula Teixeira da Cruz admitiu ainda que existe «um défice» de funcionários judiciais, responsabilizando o movimento sindical pelo concurso pendente para a admissão de 400 novos elementos.
«É verdade, e fui sempre a primeira a dizê-lo, que temos um défice de funcionários judiciais. Sou a primeira a reconhecê-lo».
«É evidente que todos nós gostaríamos de ter mais funcionários judiciais, sempre reconheci, mas tenho que respeitar o tempo dos tribunais quanto à providência cautelar que foi intentada ainda eu não tinha assumido funções».
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«Os recursos que todos temos são limitados mas mesmo dentro da limitação reparem no esforço que foi feito: 600 novos funcionários judiciais, 400 guardas prisionais, 127 novos agentes para a PJ e 37 técnicos de reinserção social».
«Mas o que me tem sido transmitido é que já há julgamentos (…) a serem marcados com oito dias de antecedência, o que era impensável», realçou a ministra segundo a qual «os tribunais neste momento estão com uma capacidade de resolução processual que já atinge, em alguns trimestres, os 176%». «E, finalmente, pela primeira vez ouço: agora não preciso de ir a Lisboa», disse.
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