Já fez LIKE no TVI Notícias?

Pedroso: Marinho Pinto realça «potencialidades de regeneração» da Justiça

«O essencial é que não se escondam os erros», disse o bastonário da Ordem dos Advogados

O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, congratulou-se esta terça-feira com a condenação do Estado por prisão ilegal de Paulo Pedroso no processo Casa Pia, sentença que disse demonstrar as «potencialidades de regeneração» da Justiça, noticia a Lusa.

«Esta sentença, apesar de ainda não ter transitado em julgado - e, portanto, não ser definitiva - significa que a Justiça portuguesa encerra em si enormes potencialidades de regeneração que a retirem do estado comatoso em que se encontra», declarou à agência noticiosa António Marinho Pinto.

PUB

MP recorre da decisão

O ex-dirigente do PS Paulo Pedroso ganhou a acção interposta contra o Estado por prisão ilegal no processo da Casa Pia, anunciou o seu advogado, Celso Cruzeiro.

Na opinião de Marinho Pinto, a sentença, em que «um juiz reconhece a existência de um erro grosseiro, por parte de outro tribunal e de outro juiz», pode «elevar a Justiça ao patamar de confiança, dignidade e prestígio que são próprios do Estado de Direito Democrático».

«O essencial é que não se escondam os erros, nem se varra o lixo para debaixo do tapete, mas se assumam com coragem todos os vícios de que a Justiça padece», referiu.

O bastonário da Ordem dos Advogados disse que preferia não falar deste assunto enquanto não lesse a sentença que condenou o Estado a pagar uma indemnização a Paulo Pedroso, mas acabou por comentá-la, recordando que «várias vezes» criticou em público a «prisão ilegal» de Paulo Pedroso.

PUB

«Marca política»

Em Fevereiro, Marinho Pinto afirmou no programa «Grande Entrevista», da RTP, que o processo Casa Pia «nasceu com uma marca política» e «visou decapitar a direcção do PS», então liderada por Ferro Rodrigues, que acabou por se demitir no Verão de 2004.

«Nem todo o dinheiro do mundo haveria de ressarcir Paulo Pedroso de todo o sofrimento que lhe foi causado por aquele erro grosseiro, agora reconhecido por outro tribunal», acrescentou.

Marinho Pinto manifestou ainda «solidariedade com todos aqueles que, tendo sido vítimas de erros grosseiros da Justiça, não tiveram a possibilidade de contratar advogados da qualidade dos que defenderam Paulo Pedroso: Celso Cruzeiro e João Pedroso», irmão do ex-dirigente do PS.

«Por causa disso, essas pessoas viram os seus direitos violados indevidamente e sem qualquer ressarcimento», sublinhou.

A Procuradoria-Geral da República revelou esta tarde à agência Lusa que o Ministério Público vai recorrer da decisão que condenou o Estado ao pagamento de uma indemnização ao ex-deputado Paulo Pedroso, por prisão preventiva ilegal, no âmbito do processo Casa Pia.

PUB

Últimas