ACTUALIZADA ÀS 9h18
O semanário «Sol» informa que a PT e a Taguspark, duas empresas com capitais públicos, foram utilizadas por Rui Pedro Soares, arguido no processo Face Oculta, para obter o apoio de Luís Figo à campanha eleitoral de José Sócrates nas últimas legislativas.
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Os magistrados de Aveiro extraíram uma certidão com vista à abertura de um inquérito autónomo, que decorre no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, sobre as suspeitas dos crimes de corrupção e infidelidade.
Segundo as escutas reveladas no jornal, Paulo Penedos, outro dos arguidos, conversou com o actual secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, informando-o que o administrador da PT Rui Pedro Soares iria a Milão [no dia 15 de Junho] realizar um contrato com o futebolista, que implicava o pagamento de 250 mil euros por ano à Fundação Luís Figo.
Figo: «Apoio a Sócrates foi pessoal»
Ao que o «Sol» apurou, este contrato foi substituído por três outros: um entre a Taguspark e o próprio Figo, outro entre a Taguspark e uma empresa à qual o jogador está ligado ¿ a Football Dream Factory ¿ e ainda outro entre a PT e esta mesma empresa. Nestes negócios estão alegadamente envolvidos vários milhares de euros que beneficiaram tanto Luís Figo como esta empresa.
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O «Correio da Manhã», na sua edição desta sexta-feira, acrescenta que o contrato assinado entre Figo e a Taguspark foi celebrado com a firma Lunastar, Limited ¿ «uma sociedade offshore sediada em Londres que assegura, há cerca de 15 anos, a gestão dos direitos de imagem do ex-internacional português».
Este contrato original foi, de acordo com informações recolhidas por este jornal, apreendido na segunda-feira durante as buscas da PJ ao Taguspark e à PT.
Nas escutas reveladas esta sexta-feira pelo «Sol», também estão envolvidos nestes contratos Américo Thomati e João Carlos Silva (presidente executivo e administrador da Taguspark, respectivamente), que terão ajudado nestes negócios.
O semanário adianta ainda que Rui Pedro Soares também queria o apoio de José Mourinho, mas, por «razões desconhecidas», o contrato entre a Taguspark e a Gestifute (empresa de Jorge Mendes que gere a carreira do treinador) não avançou.
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