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PSP: novo director nacional reconhece problemas

Paulo Valente Gomes diz que a actual equipa tem agora o desafio de fazer a mudança

O novo director nacional da PSP, superintendente Paulo Valente Gomes, reconheceu esta quinta-feira a existência dos problemas levantados pelos superintendentes, considerando que a actual equipa tem agora o desafio de fazer a mudança.

A nova equipa da direcção nacional da PSP, que inclui três directores nacionais adjuntos e um inspector nacional, tomou hoje posse, sendo composta exclusivamente por polícias e todos superintendentes oriundos da escola superior de polícia.

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A nova Direcção Nacional da PSP foi nomeada depois de o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, ter exonerado o anterior director nacional, cuja demissão surge dias depois da maioria dos superintendentes ter alertado para uma situação «insustentável» na corporação.

Na carta enviada ao ministro Miguel Macedo, os mais graduados da PSP manifestavam-se preocupados com a actual situação na corporação, sublinhando que o «impasse, que se vive há mais de dois anos, com a não implementação integral do estatuto profissional e com a falta de decisões e de nomeações pela tutela para vários cargos hierárquicos (que continuam a ser assegurados em regime de gestão corrente), põe em causa o enquadramento operacional e funcional».

Na missiva, os superintendentes estavam ainda preocupados com «a legalidade dos actos praticados, numa altura em que, mais do que nunca, é exigível uma força policial coesa e disciplinada».

O novo director nacional afirmou que a reflexão feita pelos superintendentes tem uma série de questões que já estavam «perfeitamente identificadas como problemas e constrangimentos».

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Paulo Gomes adiantou que tem «consciência desses constrangimentos» que constam da carta, sublinhando que a nova Direcção Nacional tem «agora a oportunidade e o grande desafio de fazer a mudança e sozinhos».

«Ninguém agora tem desculpas. Os alunos oriundos da escola superior de polícia têm pela frente o desafio de levar a bandeira da PSP a um ponto mais alto. É esse o nosso objectivo», frisou.

O responsável máximo pela Polícia disse ainda que a responsabilidade dada pelo Governo é «histórica», sustentando que a nova equipa está a «gerar uma enorme expectativa, quer da parte da PSP, quer da comunidade em geral».

Paulo Gomes reconheceu igualmente a existência de «dificuldades de natureza logística e orçamentais», sendo alguns dos problemas transversais a toda a polícia.

Disse ainda que hoje e na sexta-feira está a reunir com todos os comandos para «fazer um ponto de situação sobre a actividade do ano de 2011 e definir as grandes prioridades para 2012».

Na próxima semana, acrescentou, estão agendados e encontros com todas as estruturas sindicais da PSP para «identificar todas as questões dependentes».

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Além do director nacional da PSP, a direcção nacional é ainda composta pelo director nacional adjunto para a área operacional da PSP, Paulo Lucas - até agora secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna -, e pelo director nacional adjunto para a Unidade Orgânica de Recursos Humanos, José Ferreira de Oliveira que deixa o cargo de director do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna.

O chefe dos Serviços Sociais, José Torres, é o outro elemento da equipa ocupando agora o cargo de director nacional adjunto para a Unidade Orgânica de Logística e Finanças.

O comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), Magina da Silva, passa agora desempenhar funções de inspector nacional, lugar que estava vago há um ano.

Também tomaram hoje posse o novo comandante da Unidade Especial de Polícia, o superintendente Luís Farinha, o director do Instituto Superior, o superintendente Pedro Clemente, e o chefe dos serviços sociais, o superintendente Jorge Cabrita.

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