D. Januário Torgal Ferreira não poupa críticas à Igreja no escândalo dos abusos sexuais a menores que envolvem o clero belga. «Acho que para a Igreja em geral isto é uma humilhação, mas também é um convite a uma reforma em muitas coisas».
«É um momento para a Igreja em geral e para a Igreja belga em particular de fazer um exame de consciência, de parar, de fazer justiça», declarou o bispo das Forças Armadas à Lusa. Deixa, no entanto, um elogio à actuação do presidente da Conferência Episcopal da Bélgica.
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Abusos sexuais de padres levaram 13 pessoas ao suicídio
Embora a maior parte dos padres já tenha morrido e os crimes, na maioria dos casos, prescrito, há meia centena de vítimas que decidiram recorrer à via judicial para reclamarem indemnizações pelos abusos.
D. Januário recusa, contudo, qualquer «relacionamento entre o celibato e a pedofilia». Disse desconhecer casos de pedofilia envolvendo clero da Igreja Católica Portuguesa, mas mostrou-se convicto de que se fossem conhecidos «fenómenos desse género a Igreja em Portugal assumiria com certeza as responsabilidades que são suas».
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