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Casa Pia é uma das instituições «mais seguras» para crianças

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Porque está «alerta» a eventuais sinais de abuso sexual, diz provedora

A provedora da Casa Pia de Lisboa (CPL), Joaquina Madeira, garantiu esta segunda-feira que a instituição é hoje «uma das mais seguras» a trabalhar com crianças, porque está «alerta» a eventuais sinais de abuso sexual, avança a agência Lusa.

«[O escândalo de abusos sexuais revelados em 2002] é um problema que não esquecemos, mas que ultrapassámos de uma forma positiva», afirmou Joaquina Madeira aos jornalistas à margem do encontro «A Promoção e Educação para a Saúde na CPL: As boas práticas na área da sexualidade».

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«Temos colaboradores bem formados nesta área, o tema é abordado de forma estruturada e competente com as crianças e temos um sistema de controlo e alerta sistematicamente organizado», acrescentou.

Joaquina Madeira afirmou que «o sistema antigo da Casa Pia acabou» a partir do momento em que, revelados os abusos sexuais dentro da instituição, se verificou que «não correspondia às necessidades de protecção das crianças».

Projecto para prevenir abusos sexuais

O encontro que começou hoje e acaba na terça-feira destina-se à apresentação e discussão de resultados do Projecto Integrado de Prevenção de Abusos Sexuais (PIPAS), que Joaquina Madeira afirmou poder «ser utilizado por qualquer entidade em Portugal, envolvendo as famílias».

Feito exclusivamente para a Casa Pia, o projecto é «único em Portugal» e contribuiu já para que cerca de 2600 crianças e jovens tenham ganho «autoconfiança e auto-estima e melhorado a forma de se relacionar com os outros, o que é um estado prévio essencial para a prevenção de abusos».

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O objectivo - acrescentou - é que «cada uma das crianças ou jovens tenha em si instrumentos de prevenção dos abusos sexuais e isso passa pelo desenvolvimento de competências de auto-estima, de reconhecimento de si próprio, sabendo colocar-se no lugar do outro, tomar decisões e sentir empatia».

«Com esses instrumentos, pode-se perceber melhor onde está o que pode ser considerado violência ou o que é uma relação normal entre as pessoas. A melhor forma de defesa [contra abusos sexuais] é a autodefesa», defendeu.

O director geral da Saúde, Francisco George, afirmou aos jornalistas que «a educação sexual não pode ser ignorada» como forma de prevenir os abusos, uma vez que «a violência não faz parte de um processo com saúde» e é preciso «saber antes de mais nada evitá-la».

«É preciso ter em conta as particularidades que dizem respeito à valorização do desejo, da fantasia, os problemas postos pelo acto sexual em si, todas têm que ser equacionadas» do ponto de vista da «promoção da saúde», defendeu.

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