Já fez LIKE no TVI Notícias?

Bebé desaparecida há três meses

Penafiel: PJ admite que as pistas são «ténues» e que é cada vez mais difícil encontrar a menina. Pais da Andreia ainda «sem elementos» para processar o hospital. Conheça três histórias diferentes de raptos

Três meses passados sobre o desaparecimento de uma bebé, no Hospital do Padre Américo, em Penafiel, a PJ continua sem pistas sobre o seu paradeiro. Fonte da Judiciária referiu ao PortugalDiário que não existem retratos robôs de suspeitos mas apenas um fotograma (imagem retirada das câmaras de segurança do hospital) respeitante a uma mulher que poderá ou não ser suspeita.

«Alguém do hospital disse que questionou uma mulher, no dia do desaparecimento, sobre o que fazia no piso dos bebés, tendo-lhe esta respondido que estava ali por engano». A pista é ténue, mas ainda que o não fosse, o fotograma «além de ser a preto e branco, apanha a pessoa de perfil, ligeiramente virada de costas», pelo que a sua identificação se tornou inviável, acrescenta a mesma fonte.

PUB

A PJ ainda admitiu divulgar a imagem numa tentativa de que a pessoa em questão, caso nada tivesse que ver com o desaparecimento da menor, se apresentasse a esclarecer isso mesmo. Mas o receio de lançar suspeitas infundadas sobre a senhora levou os inspectores a recuar.

Neste ponto, a PJ e o Ministério Público de Penafiel divergem. Os inspectores acreditam que valeria a pena interrogar a senhora, enquanto o procurador ainda não se decidiu sobre a pertinência desse interrogatório. Afastadas estão, ao que o PortugalDiário conseguiu saber, as suspeitas sobre os familiares da pequena Andreia Elisabete. «Eles têm muitos filhos e até deram um dos menores a criar a uma vizinha. Nada leva crer que desta vez pudessem agir de outra maneira».

De resto, «todas as outras possibilidades estão em aberto», nomeadamente o tráfico internacional de crianças, muito embora os inspectores se inclinem mais para um cenário de «alguém que anda meses a simular uma gravidez e um dia consegue entrar dentro de um hospital e sair com um bebé».

PUB

Pais da menor ainda não processaram o hospital

Apesar de ter anunciado a intenção de entrar com um processo de indemnização contra o Hospital de Penafiel, o advogado da família, Adriano Santos, esclareceu ao PortugalDiário que ainda não avançou com a acção por falta de elementos.

«Neste momento o processo está em fase de inquérito, pelo que todos os elementos de que preciso (relatório da Inspecção Geral de Saúde (IGS) e relatório interno do Hospital Padre Américo) se encontram em segredo de justiça. Por enquanto, não posso obter estes documentos», esclarece o causídico. Refira-se que, tanto o relatório interno do hospital, como o relatório preliminar da IGS, ilibam a unidade de saúde de qualquer responsabilidade, nomeadamente no que toca a eventuais deficiências no sistema de segurança interna.

Contactada pelo PortugalDiário, a mãe da bebé, Maria Isaura, disse que a PJ ouviu a família há cerca de duas semanas, em Lousada, «mas que anda a zeros», isto é, sem pistas. A mãe da pequena regressa ao hospital no dia 30 para mais uma consulta de apoio psicológico.

PUB

Três histórias de raptos

Fonte da PJ adianta que, por regra, os bebés desaparecidos nestas condições acabam por ser encontrados. Os últimos três casos que passaram pela PJ do Porto tiveram desfechos curiosos. Há cerca de quatro anos, um bebé desaparecido nas mesmas circunstâncias acabou por ser deixado pelo raptor em Braga. Isto, depois de a PJ ter anunciado que estava na posse de retratos robôs do suspeito.

Noutra situação, há cerca de cinco anos, o desfecho de uma história de rapto conduziu à amante do pai do bebé. Esta foi apanhada e o bebé devolvido aos pais. No caso da pequena Andreia Elisabete o tempo que passa «está a tornar a investigação cada vez mais difícil», conforme admite a fonte da PJ. Apesar de dizer que a Judiciária «anda a zeros», Maria Isaura ainda acredita que a menina vai aparecer. «Se tenho esperança? Sim, tenho».

PUB

Últimas