A Polícia Judiciária (PJ) difundiu esta terça-feira imagens de uma mulher que terá «informações importantes» sobre a bebé desaparecida do Hospital Padre Américo/Vale do Sousa, em Penafiel, há cerca de quatro meses.
Em comunicado, a PJ descreve a mulher como tendo «35 a 40 anos, compleição física e rosto fortes, 1,65 a 1,70 metros de altura», usando no momento em que as imagens foram captadas «cabelo abaixo dos ombros com madeixas de cor clara».
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A PJ solicita que sejam comunicadas informações acerca da identidade e/ou paradeiro da pessoa através dos telefones números 225088694 e 225582000.
Fonte da Judiciária referiu ao PortugalDiário que os investigadores «não têm quaisquer elementos que apontem esta mulher como suspeita».
Aliás, o «risco» de, ao difundir as imagens, transformar esta mulher numa «suspeita» aos olhos do público pesou na decisão de não avançar mais cedo. Enquanto a PJ defendia a utilidade desta divulgação o Ministério Público de Penafiel hesitava (ver texto relacionado: «Bebé desaparecida há três meses». Na passada semana o Ministério Público permitiu finalmente a divulgação.
As imagens foram captadas pelo sistema de videovigilância do Hospital, no dia do desaparecimento da bebé com apenas três dias de vida. Dado que não foi possível identificar esta mulher, a PJ quer agora encontrá-la «e certificar-se de que nada tem que ver com o desaparecimento da menor».
«Espero que as imagens sejam divulgadas no estrangeiro»
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Ouvido pelo PortugalDiário, o advogado dos pais da bebé, Adriano Santos, referiu que a decisão de difundir as imagens «só peca por tardia».
«O problema de Portugal é que pensa e não age ou age tarde demais», lamentou o causídico, acrescentando que «agora poderá ser muito mais difícil» encontrar a menor.
«Espero que não se limitem a divulgar as imagens em Portugal, mas que também o façam no estrangeiro, pedindo a colaboração de outras autoridades de investigação», concluiu. Fonte da PJ referiu que «para já» não está prevista a divulgação das imagens no estrangeiro.
A ausência da recém-nascida na maternidade foi detectada pouco antes das 19:00 de 17 de Fevereiro, tendo a administração do hospital mandado encerrar de imediato o edifício. Na ocasião, a PJ interrogou durante algumas horas a mãe e o pai da bebé e visionou as imagens da videovigilância, sobretudo das entradas, cedidas pela administração.
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