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«Este bebé precisa do hospital»

Menina tem apenas três dias e está desaparecida há 24 horas. Mãe «calma e serena». PJ investiga dentro e fora do edifício hospitalar

«Deixo um apelo à pessoa ou pessoas que tenham levado o bebé para que humanamente o devolvam. Este bebé ainda precisa dos cuidados do hospital», insistiu em declarações ao PortugalDiário o presidente do Conselho de Administração do hospital do Vale do Sousa, José Alberto Marques. Ninguém precisa de se identificar, bastando que informem sobre o paradeiro do recém-nascido. «Não me canso de fazer este apelo porque acho que pode resultar», acrescenta o clínico, repetindo que a menina «tem apenas 2,5 quilos e precisa de assistência».

Vinte e quatro horas após o desaparecimento da bebé com apenas três dias, o responsável desta unidade hospitalar adianta que «várias equipas da PJ estão a trabalhar dentro e fora do hospital» e «a seguir várias pistas».

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Além das imagens das entradas e saídas, captadas pela videovigilância, os investigadores recolheram ainda os documentos de identificação que hoje não foram levantados do balcão da recepção e que as visitas são obrigadas a deixar na entrada, uma pista considerada muito importante.

José Alberto Marques refere que a mãe da menor está a ser acompanhada e que demonstra «uma atitude calma e serena», não existindo, até ao momento, quaisquer evidências que possam levar a inserir os familiares da bebé entre os suspeitos.

A bebé do sexo feminino nasceu na quarta-feira - tem três dias de vida e não um como inicialmente foi divulgado - e na manhã do desaparecimento tinha efectuado uma consulta de cardiologia no hospital de S. João, no Porto, por recomendação da equipa de neonatologia, onde se deslocou acompanhada pela mãe e por um enfermeiro. No entanto, as suspeitas de problemas cardíacos não se confirmaram.

A administração afirmou «que está surpreendida com o sucedido» e garantiu que as condições de segurança da unidade hospitalar são até consideradas «excessivas» pelos utentes.

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A bebé desapareceu da maternidade durante a ausência da mãe para jantar, sem que ninguém se apercebesse, contou um assessor da administração. A mesma fonte explicou que as mães costumam levar os filhos quando vão jantar, mas a mãe do bebé garantiu que deixou a criança na maternidade. Por outro lado, a enfermaria onde estava a criança era uma das mais afastadas da porta de saída, mas o hospital garante que todo o edifício foi vasculhado e a bebé não foi encontrada.

O hospital dá como provável que a criança já teria saído do edifício - onde circulam diariamente mais de três mil pessoas, entre utentes, médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar e visitas - quando foi dado o alerta. Fonte hospitalar reconhece que só a vigilância por pulseira electrónica, que começa a ser implementada em vários hospitais do país, conseguirá abortar situações como a que aconteceu sexta-feira em Penafiel.

O hospital Padre Américo/Vale do Sousa também já apresentou uma candidatura para implementar pulseiras electrónicas em bebés e crianças internados, que aguarda aprovação e financiamento pelos fundos comunitários, adiantou a fonte contactada. A ausência do recém-nascido na maternidade foi detectada pouco antes das 19:00 de sexta-feira e a administração mandou encerrar de imediato o edifício. A PJ interrogou durante algumas horas a mãe e o pai da criança e visionou as imagens da videovigilância, sobretudo das entradas, cedidas pela administração.

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