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Lousada: arguida confessa rapto de bebé

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Advogada da mãe biológica revela que partes chegaram a pré-acordo para indemnização cível

A mulher de Felgueiras acusada de ter raptado um bebé do hospital de Penafiel confessou o crime, esta terça-feira, durante a primeira sessão do julgamento.

Simone Ferreira, 21 anos, disse em tribunal que entrou no Hospital Padre Américo vestida de enfermeira e que raptou o bebé. A arguida explicou que alimentou a mentira durante nove meses porque teve medo de dizer aos pais e ao namorado da altura que, afinal, não estava grávida.

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Hábitos de grávida

A arguida disse que não conseguia engravidar, confirmando que foi seguida na consulta de fertilidade no Hospital Padre Américo durante vários meses. Simone explicou ainda ao tribunal que justificava o não crescimento da barriga, junto dos familiares, com a existência de quistos, mas que não eram impeditivos para ter a criança.

Afirmou também que durante os nove meses adoptou os hábitos de uma mulher grávida, nomeadamente a compra de roupa de bebé e biberões. Simone Ferreira disse que só decidiu raptar a criança um dia antes de o concretizar, confessando que fizera uma primeira tentativa no dia 13. «Não tive coragem», afirmou ao colectivo.

A descrição do crime

A arguida confirmou que no dia em que raptou o recém-nascido entrou no hospital pela urgência de pediatria, subindo ao sexto piso, onde se localizava a maternidade. Nesse percurso vestiu uma bata branca com a qual se fez passar por enfermeira.

Simone disse que entrou na primeira enfermaria que encontrou, dizendo a uma mãe que ia levar o seu filho para a realização de exames.

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A arguida deixou o hospital e seguiu em direcção a Felgueiras, no automóvel do seu ex-namorado Sandro, co-arguido neste processo, acusado de colaboração no rapto.

Já em Felgueiras, contactou telefonicamente o companheiro, dizendo-lhe que já tivera a criança e que estava na hora de a ir buscar. Seguiram ambos para Lousada, a casa dos pais do companheiro, onde algumas horas depois vieram a ser detidos pela PJ do Porto.

Simone garantiu que o arguido Sandro nunca soube que o bebé tinha sido raptado. «Pedi-lhe apenas que me levasse ao hospital para ir buscar o meu bebé, que nascera há 15 dias, e que ficara lá a fazer exames», disse.

À saída do tribunal, a advogada da mãe biológica revelou que o julgamento está quase concluído, uma vez que as partes chegaram a um pré-acordo para uma indemnização cível.

O rapto aconteceu a 10 de Junho de 2008 e foi o segundo em pouco mais de dois anos no Hospital Padre Américo.

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