O antigo secretário de Estado Fernando Ribeiro Mendes defendeu esta quarta-feira, em Coimbra, que «os povos deverão preparar-se para estar mais tempo no mercado de trabalho», noticia a agência Lusa.
Fernando Ribeiro Mendes fez este comentário ao intervir, no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, na apresentação da versão portuguesa do «World Economic and Social Survey 2007», intitulada «O Desenvolvimento Sustentável num Mundo em Envelhecimento».
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«Pensões, saúde e cuidados de longa duração poderão crescer mais quatro pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) até 2050», alertou.
BE quer aumento intercalar de salários e pensões
Pensões vão ser pagas na primeira oportunidade
O investigador do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa disse que existe, no futuro, «risco de inadequação das pensões, o que pode gerar uma pressão inesperada em prol de aumentos das pensões ou de uma procura mais elevada de outras prestações».
«A sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas continua em risco», sublinhou.
Tem vindo a aumentar, segundo o antigo secretário de Estado da Segurança Social, o número de países que tendem a «transferir o risco financeiro da longevidade» crescente para os pensionistas.
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«Nós estamos a 'campeonar' isso», disse, salientando que Portugal, em segundo lugar após a Polónia, é um dos estados da União Europeia que mais aposta na amortização daquele risco ao longo da vida.
Esta medida consiste em «descontar nas reformas até ao fim da vida», explicou, frisando que, em Portugal, a sua recente entrada em vigor «passou quase despercebida na opinião pública».
«Curiosamente, a transferência desse risco para os reformados é mais 'vendável' do que subir a idade de reforma abruptamente», adiantou.
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