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Matosinhos: pescado impedido de sair

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Comerciantes não puderam levantar peixe que já tinham comprado

Os pescadores em greve contra o aumento do preço dos combustíveis bloquearam o acesso à DocaPesca de Matosinhos a partir das 23:00 de sexta-feira, impedindo os comerciantes de levantar peixe que já tinham adquirido, escreve a Lusa.

Dezenas de comerciantes que chegaram à Docapeasca a partir das 04:00 de hoje foram assim impedidos de levantar o peixe já comprado e juntaram-se na rua em frente do entreposto para protestar contra a barragem imposta pelos pescadores.

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Ao longo do dia houve momentos de mais tensão e alguns confrontos entre pescadores e comerciantes. Segundo avança a Sic Notícias, com uma jornalista no local, há registo de um polícia e um pescador feridos.

«Tenho peixe no valor de 1.000 euros comprado e à espera de ser levantado. Não há direito!», disse à Agência Lusa a comerciante Feliciana Milhazes.

Face à troca de insultos entre pescadores e comerciantes, em ânimos exaltados, a PSP cortou o trânsito rodoviário na artéria fronteira à lota.

Francisco Cruz, director da ProPescas, associação de produtores da Póvoa do Varzim, admitiu que o piquete de pescadores impediu o acesso dos comerciantes à Docapesca e reconheceu que os comerciantes são lesados com esta forma de protesto.

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Os pescadores do porto de Olhão decidiram sexta-feira, por unanimidade, não permitir a venda de peixe, tendo um grupo ficado de vigília durante a noite para evitar entradas e saídas de carrinhas das instalações.

António da Branca, da Organização de Pesca do Algarve, disse à agência Lusa que «os sócios da OPA decidiram por unanimidade impedir os comerciantes de vender ou comprar peixe no porto de Olhão, impedindo a passagem de carrinhas».

«Durante a noite foi feita uma vigília por cerca de cem pescadores que se certificaram que não entrava nem saía peixe do porto de Olhão», disse.

Segundo António da Branca, sexta-feira os negociantes de peixe fizeram alguns negócios, nomeadamente com peixe armazenado nos frigoríficos, atitude considerada «uma falta de respeito para com a luta dos pescadores».

A tomada de posição dos pescadores provocou este sábado de manhã um pequeno incidente, quando um pescador queria vender peixe pescado no rio.

«O pescador foi arrogante, queria vender peixe pescado de forma ilegal e o produto foi atirado para o chão», relatou.

Hoje, cerca de 200 barcos de Olhão, Fuzeta e ilha da Culatra cumprem o segundo dia de paralisação em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis.

Artigo actualizado às 16h10

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