Cândida Almeida saiu em defesa dos procuradores do departamento que dirige que são responsáveis pelos processos Freeport e submarinos, depois do procurador-geral da República ter decidido abrir inquéritos a esses magistrados.
Numa carta a Pinto Monteiro, a directora do DCIAP, afirma que os ataques à honra dos magistrados são uma estratégia típica das organizações criminosas, estudadas internacionalmente.
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A directora do DCIAP expõe o melindre dos processos em causa. Sobre os submarinos, garante ao procurador-geral da República que continuam a ser investigados eventuais crimes de corrupção, tráfico de influência e branqueamento de capitais. E invoca ainda a certidão que deu origem ao processo, onde a necessidade de investigar esses crimes é associada a um financiamento de um milhões de euros ao CDS-PP, fraccionado em múltiplos depósitos em dinheiro.
Cândida Almeida informa Pinto Monteiro que a procuradora titular do processo dos submarinos pediu para ser dispensada do processo. Esse pedido surgiu na sequência da revelação pública de uma relação privada entre a outra procuradora do processo e o titular da empresa que forneceu peritos ao processo.
Pinto Monteiro decidiu abrir um inquérito para apurar esses factos. Cândida Almeida sustenta que não encontra qualquer razão legal ou ética para afastar as procuradoras.
Sobre o processo Freeport, a directora do DCIAP informa Pinto Monteiro que José Sócrates e Pedro Silva Pereira não foram ouvidos devido à necessidade de pedir autorização ao Conselho de Estado, mesmo que depusessem apenas como testemunhas.
O tempo que essa formalidade exigiria obrigaria a furar o prazo de 25 de Julho, determinado pelo vice-procurador-geral da República para terminar o inquérito. Mais uma vez, Cândida Almeida explica que se reuniu com os procuradores e, em conjunto, concluíram ser melhor encerrar o inquérito, fazendo constar nele as perguntas ao primeiro-ministro e ao ministro da Presidência.
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