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«Rei dos falsificadores» expõe colecção

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Ministério da Economia de Schleswig-Holstein recebe as obras «falsas» do pintor alemão

O alemão Edgar Mrugalla, conhecido como «o rei dos falsificadores», expõe actualmente cópias suas de obras de pintores famosos numa galeria do Ministério da Economia de Schleswig-Holstein, apesar dos protestos da Associação dos Artistas Alemães, escreve a Lusa.

Numa carta aberta, o presidente daquela associação, Frank Michael Zeidler acusou o governo regional «de incentivar um falsificador» e de «utilizar fundos públicos» numa exposição de «voyerismo popular».

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Mas o Ministério da Economia de Schleswig-Holstein considera a exposição «extremamente positiva» e diz que ela está a atrair mais visitantes a Kiel, interessados em admirar as «capacidades técnicas do artista», segundo um porta-voz.

«Todos sabem quem é Mrugalla» e os 60 quadros falsos expostos estão identificados como «falsos», à parte de «cinco autênticos Mrugalla».

Edgar Mrugalla, um berlinense de 69 anos, foi preso em 1987 e condenado a dois anos de prisão por violação de direitos de autor e falsificação.

É autor de 3.500 cópias de cinco dezenas de artistas, nomeadamente de Rubens, Van Gogh, Rembrant, Macke, kokochka, Cézanne, Renoir ou Zille, em pinturas a óleo, aguarelas e gravuras.

A sua actual exposição num ministério regional é considerada uma consagração para o «rei dos falsificadores».

Mrugalla não tem por agora problemas com a justiça, porque cooperou com a polícia na recuperação de obras suas que tinham sido vendidas - foram encontradas 1.500, mas 2000 continuam no mercado - e porque parte da culpa passou para os vendedores de arte.

Nascido em 1938 no seio de uma família com poucos recursos, Edgar Mrugalla começou a pintar em 1969 para aprender as técnicas dos mestres. Hoje tem um museu em Busum (no norte da Alemanha), onde dá aulas de pintura e vende as suas cópias com a identificação «Atelier de falsificações de Mrugalla».

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