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Cacém: violador atacou seis mulheres em dois meses

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Jovem de 18 anos usava sempre a mesma abordagem: «Conheces o Nuno?». Foi apanhado por amigos de uma das vítimas

A Polícia Judiciária deteve no Cacém, um jovem suspeito de ter atacado sexualmente pelo menos seis mulheres, em apenas dois meses. Segundo fonte policial especificou ao tvi24.pt o rapaz atacava as mulheres à porta dos prédios, ao final da tarde, e obrigava as vítimas a efectuar sexo oral. Pelo menos uma não terá conseguido fugir. As outras foram «salvas» por moradores do prédio que ao se aproximarem provocaram a fuga do suspeito, que acabou por ser apanhado por amigos de uma das vítimas.

Segundo a mesma fonte, o jovem, um cidadão estrangeiro, tinha sempre o mesmo «modus operandi». Seguia as vítimas que chegavam à estação de comboios do Cacém e abordava-as com muita simpatia, perguntando-lhes se conheciam o «Nuno». Com alguma conversa o jovem conseguia introduzir-se nos prédios das vítimas. Depois, iniciava o ataque. «Ele começava por dizer que era um assalto. Ou lhe davam dinheiro ou lhes espetava uma faca, no entanto, nunca mostrou nenhuma arma e como as vítimas tinham pouco dinheiro com elas, ele partia para a agressão sexual», explicou.

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O homem actuava sempre num raio de 300 metros da estação de comboios. Em pelo menos um dos casos a vítima não conseguiu fugir e foi obrigada a efectuar sexo oral. Noutros casos, as vítimas foram molestadas sexualmente e segundo a PJ houve pelo menos um crime de violação, pelo qual o suspeito está indiciado, juntamente com os crimes de ameaça e coacção sexual. A chegada de vizinhos das vítimas acabou por ser a salvação de algumas mulheres, uma vez que com o aproximar de pessoas, o suspeito desistia dos seus actos e fugia. Foi assim desde 7 de Dezembro a 20 de Janeiro.

Os ataques terminaram esta quinta-feira quando o jovem foi finalmente apanhado. Não pelas autoridades, mas por amigos de uma das vítimas que o reconheceu na rua. Segundo a Polícia Judiciária, já existiam queixas sobre os ataques no Cacém, mas o departamento da PJ que investiga os crimes sexuais ainda não tinha conseguido deitar a mão ao homem.

Foi preciso uma das vítimas, acompanhada por amigos, reconhecer o suspeito na rua para que o mesmo fosse detido. «Ele foi entregue às autoridades por amigos da vítima e depois foi reconhecido e identificado por seis das vítimas», explicou fonte policial. A PJ com a ajuda da PSP conseguiu então formalizar a detenção do suspeito.

O número de vítimas atacadas ainda não é claro e pode ser maior. «Temos confirmação de seis casos, mas é possível que apareçam mais. Nestas situações muitas das vítimas não se queixam», adianta fonte da Polícia Judiciária, que admite ainda que seis casos em dois meses são «muitos».

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