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Dezenas de latas de ananás cheias de... cocaína

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Mercadoria apreendida, oriunda da Colômbia, chegou ao porto de Lisboa no dia 25 de Abril

A cocaína apreendida pela Polícia Judiciária e autoridades espanholas em 38 latas de conserva de ananás destinava-se a uma empresa portuguesa que servia de intermediária para o tráfico em Espanha, revelaram esta quarta-feira responsáveis da investigação, escreve a Lusa.

Segundo o inspector-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da PJ, Ricardo Macedo, até ao momento foram detectadas 38 latas com cocaína dissolvida no líquido das latas de conserva, que corresponde a 56 quilos daquela droga, números que podem vir a aumentar, já que ainda decorre o processo de abertura das mais de 4.000 latas apreendidas.

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A mercadoria apreendida, oriunda da Colômbia, chegou ao porto de Lisboa no dia 25 de Abril, tendo sido sujeita ao teste de narcotráfico que deu resultado positivo à presença de cocaína em 38 latas.

De acordo com o responsável da Polícia portuguesa, a chamada operação «Calda Mágica», desenvolvida nos últimos dias em articulação com a Polícia espanhola, traduziu-se numa investigação a uma organização criminosa internacional dedicada ao tráfico de elevadas quantidades de cocaína a operar em território ibérico.

«Esta cocaína, além de vir nas latas, tem uma particularidade, já que desaparece rapidamente porque se dilui na calda do ananás. Esta organização estava a ser alvo de uma investigação profunda em Espanha», afirmou Ricardo Macedo, em conferência de imprensa.

De acordo com o representante da Polícia Nacional espanhola, Jaime Iglesias, a cocaína vinha da Colômbia e Equador e destinava-se a Espanha, tendo a rede de traficantes criado uma infra-estrutura empresarial em Portugal para introduzir a cocaína através de portos lusos.

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A organização foi dada como desmantelada a 12 de Maio, através da detenção no porto de Lisboa de quatro suspeitos, um português, dois espanhóis e um colombiano, tendo-lhes sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva.

O detido português, de 45 anos, era o importador, sem antecedentes criminais.

Autoridades espanholas e portuguesas realçaram a cooperação «fundamental» entre os dois países, sem a qual não teria sido possível o sucesso da investigação pela dificuldade do «modus operandi» utilizado.

Em Outubro de 2010, no Equador, já tinham sido apreendidos, ao mesmo grupo, 472 quilos de cocaína dissimulada em peixe congelado num contentor frigorífico.

Na operação estiveram envolvidas a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) e três autoridades espanholas e a Direcção-Geral de Alfândegas e Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC).

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