Artigo actualizado às 12h24
A GNR procedeu este sábado de manhã a duas explosões controladas para destruir parte da quantidade de explosivos prontos a detonar, que foram encontrados na casa que alegadamente serviria de esconderijo da ETA em Casal Avarela, concelho de Óbidos.
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GNR encontrou «meia tonelada de explosivos»
A primeira explosão ocorreu cerca das 10:40 e, pelo barulho e impacto provocados, terá sido a maior de todas desde que foi iniciada na sexta-feira a operação de destruição de meia tonelada de explosivos prontos a detonar que foram encontrados na garagem anexa à habitação, que terá servido de esconderijo para dois alegados elementos da organização separatista basca.
Um segundo rebentamento, semelhante ao primeiro, ocorreu pelas 11:20 e estão previstas outras duas até ao final da manhã, segundo informações recolhidas no local.
Os rebentamentos decorrem numa pedreira a cerca de meio quilómetro da habitação e estão rodeados de fortes medidas de segurança.
Na casa continuam investigadores da Polícia Judiciária na recolha de provas para investigação, mantendo-se um perímetro de segurança ligeiramente mais reduzido que na sexta-feira.
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Nos arredores da habitação, apenas estão jornalistas e repórteres de imagem a acompanhar as operações, passando de quando em vez alguns curiosos e vizinhos que recusam falar por receio.
Numa operação controlada pelo comandante do Centro de Inativação de Explosivos da GNR, Hélder Barros, o material considerado mais vulnerável foi destruído num total de sete explosões, ocorridas entre as 21:05 e as 23:00 de sexta-feira.
O rebentamento do material explosivo foi feito a uma profundidade de cerca de 80 metros, de acordo com fonte da GNR.
O perímetro de segurança que rodeou as habitações do Casal da Avarela só foi reduzido às 22:30, altura em que a GNR autorizou os moradores a regressarem a casa.
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No total foram encontrados cerca de 500 quilos de material explosivo na garagem anexa à casa que alegadamente estaria a ser usada como base por dois membros da ETA e sobre os quais os vizinhos se escusam a falar.
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Um casal residente a cerca de 20 metros contou ter-se cruzado com os dois espanhóis «algumas vezes» mas sem «suspeitar que uma coisa destas pudesse estar a acontecer».
A única ocorrência «mais estranha» relatada pelos populares prende-se com «uma gritaria que se ouviu na quarta feira à tarde», contou uma moradora, que pediu o anonimato.
«Na altura não percebemos o que se tratava, mas depois soubemos que teria sido a senhoria que teria encontrado a porta aberta, chamou por eles e como não responderam, entrou, deparando-se com os explosivos», acrescenta.
VEJA A EXPLICAÇÃO COMPLETA DA GNR (VÍDEO)
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