A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quinta-feira a detenção de um homem que se fazia passar por padre há vários anos e que é suspeito de se dedicar ao furto e comercialização de obras de arte e bens religiosos.
Fonte da PJ disse à agência Lusa que o homem, de 40 anos, se fazia passar por padre há vários anos, fazendo deste o seu modo de vida, tendo celebrado missas e funerais em paróquias do norte.
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O detido é suspeito da prática dos crimes de furto de obras de arte e bens culturais religiosos, burla, falsificação de documentos e usurpação de funções e era procurado pela justiça por crimes praticados no final de 2012.
«A nossa investigação começou com participações de furtos em igrejas em Lisboa. Furtava imagens e coroas dos santos, cálices, salvas, crucifixos e obras de arte religiosas e vendia-as a estabelecimentos como antiquários, mas também a recetores do mercado paralelo», avançou a fonte.
Segundo a Judiciária, o «falso padre» possui vastos conhecimentos e experiência na área eclesiástica e terá furtado uma carteira de cheques, que utilizava para comprar objetos religiosos que, de seguida, vendia novamente.
«É um burlão muito inteligente, com histórias bem engendradas, com muita mobilidade. Circulava entre Lisboa e o norte do país, sempre em transportes públicos e dormia em pensões, o que dificultava as investigações», afirmou a fonte.
Segundo a fonte da PJ, o suspeito assumiu várias identidades para se introduzir em igrejas nos distritos de Lisboa, Aveiro, Braga e Viana do Castelo, de onde terá furtado dezenas de bens e objetos religiosos.
O homem é suspeito de, fruto das relações que desenvolveu com fiéis da igreja, ter efetuado falsos peditórios para subsidiar uma operação cirúrgica, no estrangeiro, de um suposto familiar próximo.
O detido vai hoje ser presente em tribunal para primeiro interrogatório judicial.
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