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Fazia-se passar por inspetor e magistrado

Jovem de 29 anos foi detido pela PJ de Leiria. Burlou dezenas de vítimas

Segundo a PJ, os crimes ocorreram “em diferentes regiões, de norte a sul do país, consistindo num elaborado plano que contemplava a prévia seleção de vítimas mais vulneráveis, seguindo-se contacto telefónico para as convencer de que tinham incorrido na prática de atos ilícitos ou no incumprimento de obrigações de diferente natureza”. O arguido, residente no concelho da Batalha, aguarda o desfecho do inquérito em liberdade, condicionada à obrigação de apresentações diárias em posto policial e proibição de se ausentar para o estrangeiro. Este responsável explicou que, “a partir de dados reais em relação a cada pessoa ou à sua atividade”, o arguido criava uma história que parecesse credível à vítima, convencendo-as da existência de multas ou coimas.

A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria anunciou hoje a detenção de um jovem de 29 anos, reformado, que se fazia passar por inspetor e magistrado, e que está indiciado pela prática dos crimes de burla qualificada e usurpação de funções.

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Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ informa que “ao longo do último semestre, o detido arrogou expressamente a qualidade de funcionário, mormente da Polícia Judiciária, da Autoridade Tributária, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, da Autoridade para as Condições do Trabalho e mesmo de magistrado judicial para a obtenção de enriquecimento ilegítimo por meio de engano que incutiu em dezenas de vítimas”.

“Alegando dever de pagamento imediato de coimas ou multas, o detido compelia as vítimas a procederem ao depósito de quantias de montante variável em contas bancárias tituladas por pessoas da sua confiança, de modo a dissimular as suas ações e retirar posteriormente os proventos resultantes das mesmas”, refere o mesmo comunicado.

Fonte da Judiciária disse à Lusa que “já foram identificadas mais de três dezenas de vítimas”, lesadas, globalmente, “em milhares de euros”. “É convicção da PJ de que o número de vítimas é muito superior, continuando as diligências para a sua identificação”, referiu a mesma fonte, explicando que entre as vítimas destacam-se comerciantes.

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“Tudo isto era feito por telefone e as pessoas que tentavam agendar encontros não tinham sucesso”, declarou, acrescentando que a investigação foi encetada no último trimestre de 2014 e estão já identificados lesados em Leiria – de onde será o maior número - mas também da Guarda, Viseu, Aveiro ou Lagos.

Quanto às contas onde eram depositados os valores, a PJ disse que eram tituladas por pessoas das relações do arguido, não especificando.

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