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Haxixe: Portugal cada vez mais na rota de tráfico

Coma vigilância reforçada em Espanha, traficantes procuram novas portas de entrada da Europa. Autoridades portuguesas garantem que estão atentas

Com o reforço da vigilância na costa espanhola, nomeadamente na zona do estreito de Giblatar, as redes de tráfico de haxixe marroquinas têm procurado mais Portugal como porta de entrada para a Europa. A notícia é avançada pelo JN e foi confirmada ao PortugalDiário por fonte da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE) da PJ.

A mesma fonte explicou que «nos últimos dois anos houve um grande aumento do tráfico de haxixe para a Península Ibérica. Com o reforço da vigilância na costa sul espanhola, com principal incidência no estreito de Gibraltar, sobretudo por causa da imigração clandestina, as redes vêem-se obrigadas a procurar outras rotas. Afastaram-se assim para oriente, para a costa leste espanhola e para França, e para ocidente, para Portugal».

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O responsável adianta que, ainda assim, «não há motivo para alarmismo e a prova de que as autoridades (PJ, Brigada Fiscal da GNR e Polícia Marítima) estão atentas é o aumento das apreensões». «Só este ano foram apreendidas 52 toneladas de haxixe, sendo que cerca de 20 resultaram de três toneladas distintas na semanas passada. O valor deste ano já ultrapassa o do ano passado, em que as apreensões não chegaram a 44 toneladas», explicou.

Fonte da DCITE explicou que aumento significativo de apreensões ocorreu apenas com o haxixe, que é detectado na zona da costa, «o mercado em Portugal é muito pequeno. A droga que entra é para ser distribuída».

Sistema de vigilância semelhante ao espanhol

A mesma fonte explicou que Portugal terá em breve um sistema de vigilância semelhante ao espanhol.

O secretário de Estado adjunto da Administração Interna, José Magalhães, disse ao JN que a decisão para a implementação do Sistema Integrado de Vigilância e Controlo Costeiro deverá ser tomada ainda este ano. O SIVICC é entendido como um dos principais instrumentos nas mãos das autoridades portuguesas para a vigilância da nossa costa, o que inclui o tráfico de droga, e inspira-se no sistema já a funcionar em Espanha.

«A nossa prioridade de instalação vai para o Algarve», disse José Magalhães, que adiantou que o SIVICC vai ser operado pela GNR, mas a informação recolhida vai estar disponível para todas as forças envolvidas no combate ao tráfico de droga ou de seres humanos. O sistema será composto por radares e outros sensores dispostos por toda a costa, fixos e móveis, orientados a partir de postos de comando e controlo que avaliarão o tipo de ameaça, para posterior definição do meio a intervir, no mar ou na costa.

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