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Máfia: «Era um bom cliente»

Dona de café lembra que Giovanni Lore «fazia grandes despesas sobretudo em bebidas alcoólicas para todo o grupo»

Giovanni Lore, alegado membro da máfia siciliana detido na quinta-feira no Bombarral, foi nos últimos meses cliente assíduo de um café no centro da vila onde é definido como um «bom cliente», escreve a Lusa.

«Nunca ficou a dever nada e fazia grandes despesas sobretudo em bebidas alcoólicas para todo o grupo», disse à Lusa Sónia Fernandes, proprietária do estabelecimento.

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Giovanni Lore fazia-se acompanhar de «outros italianos» mas, refere a mesma fonte, «iam rodando e não eram sempre os mesmos» a integrar o grupo e na maioria das vezes frequentavam o estabelecimento «acompanhados de mulheres que se via serem acompanhantes de luxo».

O luxo «dos carros topo de gama», as «grandes contas» pagas pelo siciliano no café e «uma discussão com um português, aparentemente por causa de um negócio que correu mal», chegaram a suscitar algumas dúvidas nas duas sócias gerentes do estabelecimento.

«Tinham uma postura desconfiada, mas aqui não temos nada a apontar, pagaram sempre tudo o que consumiram», afirmam.

Já Carlos Nogueira, taxista, não recorda da mesma forma os homens a quem prestou vários serviços de transporte.

«Em Fevereiro fui eu que os levei, com a bagagem toda, do hotel Comendador (onde estavam instalados) para a casa no Carvalhal», referiu.

O taxista assegura que depois desse primeiro serviço foi, nos últimos meses, várias vezes chamado por Giovanni Lore, para efectuar «o transporte de mulheres de Lisboa e de Santarém» para a «Vivenda do Sossego», no Carvalhal, alegadamente usada pelo grupo.

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«Mesmo que fosse outro a chamar-me, era sempre o Giovanni que pagava a conta», recorda o taxista, que agora se queixa de o italiano lhe ter «ficado a dever três mil e quinhentos euros».

Quer ao taxista quer às proprietárias do café Giovanni Lore intitulava-se empresário na área dos congelados e «chegou até a oferecer-me alguns carabineiros que disse terem vindo da pesca na Galiza», recorda Sónia Fernandes.

A detenção do grupo de sete pessoas (dois portugueses, um brasileiro e quatro italianos) teve lugar na quinta-feira no âmbito da operação «Máfia do Oeste», como anunciou a Polícia Judiciária (PJ).

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