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Portugal quer aumentar em 30% a esperança de vida saudável aos 65 anos em 2020, assumindo como fundamental ter programas que intervenham no grupo etário dos 50 a 60 anos.
Traçada como uma das metas do novo Plano Nacional de Saúde, a que a agência Lusa teve acesso, o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos passaria nos homens a ser de 12,9 anos e de 11,7 anos nas mulheres.
Atualmente, embora as mulheres tenham maior esperança média de vida, registam valores inferiores no que respeita à esperança de vida saudável. Ou seja, vivem mais que os homens, mas com menos qualidade a partir da terceira idade.
Os dados de 2012 mostram que a esperança de vida saudável aos 65 anos é de 9,9 anos para os homens e de nove anos para as mulheres, “valor inferior ao melhor valor dos países da União Europeia”, refere o Plano da Direção-Geral da Saúde.
“Atendendo a que o horizonte 2020 é relativamente curto, considera-se que um valor de 30% de ganhos é a meta a alcançar, pelo que programas que foquem o grupo etário dos 50-60 anos devem ser considerados, nomeadamente para a carga de doença relacionada com a incapacidade”, indica o documento.
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Um deles é a redução da prevalência do consumo de tabaco na população com mais de 15 anos e a eliminação ao fumo ambiental, enquanto o outro é o controlo da obesidade na população infantil para que não aumente em relação aos valores atuais.
Contudo, a DGS reconhece que os indicadores relativos ao consumo e exposição ao tabaco, bem como à obesidade em idade escolar não são recolhidos sistematicamente, sendo por isso “muito difíceis de monitorizar” e de fazer projeções para 2020.
Por isso, uma das orientações do Plano é a criação, até julho de 2016, de um sistema de informação regular para monitorizar o consumo de tabaco e a obesidade infantil, um projeto que deverá ser implementado pela DGS, pela Instituto Nacional de Estatística e pelo Instituto Nacional de Saúde.
Outra das orientações do Plano, que deve estar concluída até ao final do próximo ano, é a organização de planos locais de saúde, o que envolve necessariamente autarquias e as administrações regionais de Saúde, como explicou, em declarações à Lusa, Rui Portugal, responsável da DGS.
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Taxa de mortalidade precoce abaixo dos 20% em cinco anos“Todo este Plano só faz sentido implicando estratégias locais, que passam pelas autarquias, escolas, centros de saúde, universidades, Misericórdias ou grupos privados de saúde”, indicou.
Esta é uma das metas definidas no novo Plano Nacional de Saúde, elaborado pela Direção-geral da Saúde e a que a agência Lusa teve acesso, que no fundo é uma revisão e extensão até 2020 do anterior Plano.
Sobre a redução da mortalidade prematura (antes dos 70 anos), Portugal tinha em 2014 uma taxa de 22%.
Segundo explicou à agência Lusa o diretor executivo do Plano, Rui Portugal, a projeção deste indicador para 2020 era que a taxa ficaria situada entre os 20,5% e os 22%.
Contudo, no documento que foi finalizado esta semana, a Direção-geral da Saúde compromete-se a ter a taxa de mortalidade prematura abaixo do 20% dentro de cinco anos.
Dados do ano passado indicam que mais de 23 mil pessoas morreram precocemente em Portugal. Assim sendo, com a nova meta pretende-se conseguir poupar por ano três mil mortes prematuras, o que equivale a uma média de menos oito a nove mortes por dia.
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De acordo com os responsáveis da DGS, esta meta de redução da mortalidade precoce está alinhada com o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade referente a doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, cancro, diabetes e doenças respiratórias crónicas.
Rui Portugal explicou ainda que esta meta, bem como outras constantes do Plano, pressupõe um enfoque particular nas doenças crónicas e “implica uma intervenção sobretudo nas idades médias (a partir dos 40/45 anos)”.
Sobre o Plano Nacional até 2020, o diretor-geral da Saúde sublinhou à Lusa tratar-se de “um compromisso que envolve entidades de diferentes departamentos e setores, como o Estado, autoridades locais, setor social e privado”.
“O Plano não é um documento, mas antes um sistema que articula projetos, envolvendo vários departamentos de forma sistemática”, afirmou Francisco George, vincando que “é independente dos ciclos políticos ou de legislaturas”.
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