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PJ investiga causas de incêndio que vitimou mortalmente uma mulher na Horta

Trinta pessoas foram afetadas, 25 foram realojadas pela Câmara Municipal numa unidade residencial local e quatro foram para casa de familiares

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as causas do incêndio que deflagrou num bloco de apartamentos na noite de terça-feira na ilha do Faial, nos Açores, e provocou um morto e 10 feridos ligeiros.

O facto de a PJ estar a investigar o incêndio é prática comum, uma vez que houve uma vítima mortal, mas aguardamos pela conclusão das investigações", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários do Faial, Nuno Henriques, referindo que se continua a tentar apurar as causas do incêndio.

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O fogo deflagrou ao início da noite de terça-feira num bloco de apartamentos no centro da cidade da Horta, onde residiam 10 famílias, algumas das quais ficaram retidas nos pisos superiores, sem conseguirem fugir para a rua.

À nossa chegada, deparámo-nos com as chamas a saírem pela janela do apartamento. Priorizámos a proteção das vítimas que estavam às janelas a pedir socorro. Fizemos operações simultâneas de proteção, combate e salvamentos, uma vez que as escadas estavam completamente cheias de fumos e de gases", explicou Nuno Henriques.

Uma mulher de 56 anos de idade acabou por morrer na sequência do incêndio e 10 outros moradores tiveram de receber tratamento hospitalar, devido à inalação de fumos, numa operação de socorro que o comandante dos Bombeiros Voluntários do Faial descreve como difícil.

Foi um incêndio com uma complexidade acrescida, não só pelo número de vítimas envolvidas e pela quantidade de salvamentos que tivemos de fazer, bem também pela própria estrutura do prédio, que tem quatro pisos. Além do mais, o apartamento onde o incêndio deflagrou estava praticamente tomado pelas chamas à nossa chegada", recordou.

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Segundo o presidente da Câmara Municipal da Horta e do Serviço de Proteção Civil Municipal, José Leonardo Silva, foi necessário realojar 25 pessoas, que aguardam ainda hoje por uma vistoria técnica ao edifício, para saber se podem ou não regressar a casa.

Trinta pessoas foram afetadas, 25 foram realojadas pela Câmara Municipal numa unidade residencial local e quatro foram para casa de familiares", realçou o autarca. A 30.ª pessoa afetada foi a mulher de 56 anos que morreu.

A Proteção Civil Municipal, recordou, esteve no local "desde a primeira hora, no sentido de acolher as pessoas e acompanhar todo o processo", aguardando agora pelo resultado da vistoria.

O presidente da Junta de Freguesia da Matriz, Laurénio Tavares, acompanhou também as vítimas do incêndio e disse à Lusa que todas elas aguardam, "com alguma ansiedade", pela autorização das autoridades policiais e da Proteção Civil para poderem voltar para os seus apartamentos.

A vistoria “será feita por técnicos da Câmara Municipal e do Governo Regional, para ver das condições de habitabilidade do próprio prédio e saber se podem ou não regressar a casa", acrescentou.

O bloco de apartamentos onde o incêndio deflagrou foi construído há pouco mais de uma década, para albergar algumas das vítimas do terramoto de 1998 na ilha do Faial.

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