A investigação independente à morte do português Edir da Costa, após uma operação da polícia, começou a interrogar testemunhas e agentes e vai analisar filmagens feitas por câmaras usadas pelos serviços de emergência, anunciou esta terça-feira fonte policial.
Após diligências casa a casa, identificámos várias testemunhas independentes e começámos a entrevistá-las", anunciou o comissário adjunto Tom Milsom, a propósito da investigação da Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC).
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Aquele oficial da polícia, disse também que os investigadores possuem imagens captadas por câmaras usadas durante os procedimentos de socorro ao português, conhecido pelos próximos como Edson, e que estão a tentar obter outras filmagens eventualmente feitas naquela noite.
Edir Frederico da Costa, conhecido pelos próximos como Edson, morreu a 21 de junho no hospital de Newham, depois de vários dias internado.
A família do português de 25 anos, residente no Reino Unido desde 1996, alega que o jovem foi vítima de violência dos agentes que tentaram prender em 15 de junho, durante uma operação policial.
Cápsulas na gargantaO comissário adjunto revelou também que os agentes envolvidos na ocorrência já deram o seu testemunho e que está também a ser avaliada a forma como foi desencadeada a assistência médica.
Além de reiterar que a autópsia preliminar não encontrou fraturas no pescoço, lesões na coluna ou hemorragia cerebral que indiquem o uso de força excessiva, reconheceu que ainda não foi identificada a causa da morte.
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O médico-legista removeu uma série de cápsulas da garganta do senhor da Costa. O conteúdo dessas cápsulas passará por uma análise mais aprofundada", salientou.
A atualização sobre o desenvolvimento da investigação, explicou Milsom, pretende dar respostas ao interesse público e esclarecer "informação conflituosa a circular na imprensa e na Internet".
Alguns artigos na imprensa britânica referiram que o português terá tentado engolir cápsulas com droga que estavam na sua posse, enquanto que nas redes sociais há informação de que teria sofrido lesões e fraturas graves.
A revolta contra as circunstâncias da morte de Edir da Costa esteve na origem de protestos violentos nas ruas de Londres no domingo à noite, que resultaram em 14 polícias feridos e cinco detenções por suspeita de vandalismo criminoso ou comportamento violento.
Objetos como garrafas e tijolos foram arremessados contra a polícia, que foi obrigada a mobilizar o corpo de intervenção e bombeiros para apagar alguns pequenos incêndios nas estradas.
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