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A grande lição de Entre-os-Rios

Tragédia foi há cinco anos. Julgamento começa a 19 de Abril

Cinco anos passados sobre a queda da ponte de Entre-os-Rios, que matou 59 pessoas, o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas, Horácio Moreira, diz ao PortugalDiário que «o desenvolvimento de Castelo de Paiva, em termos de infraestruturas, é muito significativo». «Há uma ponte nova e melhores acessos viários».

Tudo resultado daquilo que considera ser «a grande lição» da tragédia: «O interior do País começou a ser olhado de outra forma».

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A Associação vai assinalar a data com várias iniciativas, nomeadamente, o lançamento da primeira pedra do futuro Centro de Acolhimento Temporário, por volta das 14:30, na freguesia da Raiva, destinado a receber cerca de vinte crianças em risco, vítimas de maus tratos ou de abandono.

O novo centro que receberá o nome de «A Ponte» representa «uma forma de Castelo de Paiva agradecer e retribuir a solidariedade de um país inteiro» aquando da tragédia. Espera-se que o maior projecto da Associação [que entretanto, se converteu em IPSS e obteve 500 mil euros do III Quadro Comunitário de Apoio para avançar com a iniciativa] possa representar «a passagem de algumas crianças para um vida melhor», refere Horácio Moreira.

Três personalidades que se destacaram em termos de ajuda aos familiares serão homenageadas. Concretamente, o presidente da câmara municipal de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira, o antigo secretário de Estado-adjunto do MAI, Carlos Zorrinho, e o comandante da Marinha, Augusto Ezequiel.

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O tabuleiro da nova ponte de Entre-os-Rios vai ser palco da iniciativa mais emotiva. Por volta das 17:30, 59 crianças «todas familiares das vítimas» vão ler o nome das vítimas e lançar uma flor ao rio por cada ente perdido.

As cerimónias terminam com uma celebração litúrgica na freguesia de São Martinho, junto à ponte.

O início do julgamento está marcado para o dia 19 de Abril, no Tribunal de Castelo de Paiva. Seis engenheiros civis, quatro da extinta Junta Autónoma de Estradas e dois de uma empresa projectista, respondem pelos crimes de violação das regras técnicas agravadas pelo resultado. A tragédia aconteceu na noite de 4 de Março de 2001. Os corpos da maioria das vítimas nunca chegaram a aparecer.

Horácio Moreira garante que o tempo não esmoreceu a expectativa «de descobrir as razões que levaram à queda da ponte e de punir os responsáveis».

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